"Se alguém lhe disser que sabe vender 60 milhões de discos, eles não sabem", afirmou o lendário Quincy Jones durante um Q&A realizado pela rapper Ludacris na Expo ASCAP em Los Angeles, em 23 de abril de 2010.
E ele deve saber. Jones, que é o produtor mastermind/arranjador/compositor por trás de projetos como o "Michael Jackson's Thriller" e "We are the World", ressaltou para a platéia de compositores e produtores que o único caminho artístico justo é seguir seu coração, não o dinheiro. "Você faz algo que te dá arrepios e que você ama. Tem que trabalhar, planejar, treinar ou não dá certo."
Claro que "trabalhar", ele fez já que, com 77 anos, ele está comemorando seis décadas de música. Tal como John Mayer, que foi entrevistado no Expo na quinta-feira, Jones destacou a importância de aprender seu ofício, de construir em cima de seu talento, e não suprimi-lo. "Há apenas 12 notas", disse ele. "E eu gastei 20 a 30 anos aprendendo a ser um bom músico."
Simplesmente não há substituto para o conhecimento ou o que Jones se referiu como "ciência". Quando questionado sobre como ele lida com a pressão, ele respondeu: "Aprenda a sua ciência. A ciência é o que prevê a [possibilidade] de manifestar a sua emoção ... Suas ondas tiram você da pressão."
Epic Records (...) não queria produzir "Thriller". Michael e Jones tinha trabalhado em "The Wiz". "Por essa altura, Michael ouvia. Comecei a vê-lo nos estudios. Ele conhecia os movimentos de todos os outros ", diz Jones. Quando chegou na hora de entrar no estúdio, a Epic tinha um pensamento de descrédito. "Eles disseram, 'venha vamos correr o risco'. Foi quando eu percebi o poder de ser subestimado", disse Jones com um riso.
Fonte: Neverland