MJMoonwalker Se vocês precisarem de sinônimos para as palavras – talento, carisma e genialidade não procurem um dicionário. Apenas digam um nome: Michael Jackson |
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| [Tradução] Livro do Rabino | |
| Autor | Mensagem |
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Tixa Administrador
Mensagens : 3665 Data de inscrição : 11/10/2009 Idade : 33 Localização : Quarteira
| Assunto: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:44 pm | |
| Livro do Rabino Tradução Infância, solidão, Desenhos Animados e irmãos
SB: Houve alguma idade específica onde você percebeu, "Oh, nossa, perdi minha infância?
MJ: Sim, eu me lembro distintamente... É como estar numa viagem onde não se pode sair e pensa, "Oh meu Deus, O quê eu fiz?" E você está comprometido e não pode sair. Isso me aconteceu antes da adolescência. Eu queria tanto brincar no parque do outro lado da rua onde outros garotos jogavam baseball e futebol, mas eu tinha que trabalhar. Eu podia ver o parque depois da rua. Mas eu tinha que ir para o outro prédio para trabalhar nos álbuns até tarde da noite. Eu me sentava lá e ficava olhando as crianças com lágrimas rolando pelo rosto e eu dizia, " Eu estou preso e eu tenho que fazer isso pelo resto da minha vida. Eu tenho um contrato." Mas queria muito ir lá e isso estava acabando comigo, só para fazer um amizade para dizer um 'oi'. Eu costumava andar pelas ruas procurando alguém para conversar. Eu te disse isso.
SB: Quantos anos você tinha?
MJ: Foi durante a época de Thriller.
SB: Então você era a maior estrela do mundo e...
MJ: Eu estava procurando alguém para conversar. Eu era tão solitário que chorava no quarto. Eu pensava " É isso. Eu vou sair daqui!" E eu saia pelas ruas. Eu me lembro de perguntar para pessoas "Quer ser meu amigo?"
SB: Eles provavelmente ficavam em choque.
MJ: Eles ficavam assim "Michael Jackson!" E eu pensava "- Oh Deus! Eles vão ser meus amigos só por que eu sou Michael Jackson? Ou por apenas por mim?" Eu só queria alguém com quem conversar.
SB: E você encontrou?
MJ: Sim, bom, eu fui ao parque e havia garotos se divertindo.
SB: Foi aí que você decidiu que crianças eram a resposta. Eram as únicas que te tratavam como pessoa?
MJ: Sim, é verdade.
SB: Então foi nessa idade que você percebeu "Oh nossa. Eu perdi minha infância, porque essas são as únicas pessoas com quem eu posso me identificar!"
MJ: Eu sofri muito nesse processo. Eu sabia que havia algo errado comigo nessa época. Mas eu precisava de alguém... Provavelmente é por isso que tenho manequins. Eu diria que eu sentia que precisava de pessoas, e eu não tinha... Eu era tímido demais para estar com pessoas reais. Eu não conversava com elas. Eu era meio que como velhinhas conversando com plantas. Mas eu pensava que eu queria algo que me fizesse sentir que eu tinha companhia. Eu sempre pensava, "Por que eu tenho isso?" Eles eram como bebês, crianças, e pessoas, e me faziam sentir que havia pessoas comigo.
SB: Por que você era tão tímido para conversar com pessoas reais? Era por que você só havia aprendido a performar e não tinha tido a oportunidade de sair?
MJ: É isso. Não havia 'saídas'.
SB: Você ainda se sente solitário?
MJ: Não do jeito que era. Não.
SB: Logicamente que você tendo filhos isso fez uma grande diferença. Mas há uma parte de nós que não á apenas ser pai. Há uma parte de nós que precisa de outras formas de interação.
MJ: Que tipo de interação?
SB: Alguém em que você possa buscar alívio emocionalmente de uma forma que Prince e Paris não poderiam entender.
MJ: Mmmmm. Amigos e certamente pessoas em que se possa confiar. Elizabeth [Taylor], ou quem quer que seja... Mac [Macaulay Culkin], Shirley Temple [Black], pessoas que estiveram lá.
SB: Então são sempre pessoas que passaram pelo o que você passou, todas essas estrelas mirins?
MJ: Eles [pessoas que foram estrelas mirins] dizem, "Sim, eu sei o que você quer dizer," mas não sabem. Só estão tentando concordar com você.
SB: Você sempre discute com amigos que foram estrelas mirins coisas individuais que aconteceram com eles? Ou você nem precisa dizer: "Você meio que entende?"
MJ: Sabe, é como telepatia. Eu gostaria que você pudesse ter visto Shirley Temple e eu.
Apenas algumas semanas antes dessa conversa Michael tinha ido visitar Shirley Temple Black em São Francisco.
SB: Você ainda tem contato com ela?
MJ: Vou ligar para ela. Eu tenho que ligar para ela de novo. Eu sempre a agradeço e ela continua me perguntando porque e eu respondo " Por causa de tudo o que você fez por mim!"
SB: Acha que irá dedicar uma canção para ela?
MJ: Eu adoraria.
SB: Então Macaulay Culkin não precisa te dizer " Eu estava no set e isso aconteceu com o meu pai." Vocês nem precisam ter uma conversa assim?
MJ: Oh sim. Há um pequena alma preciosa que é um bebê, Macaulay Culkin, que imaginava "Como fui pego em tudo isso? Eu nunca pedi para ser ator." Ele sempre quis sair. Você precisa observar a energia dele quando ele fica nervoso com o pai, cara, isso o fere e é isso o que acontece, sabe? Oh, mas eu me vejo com ele. [Michael grita] " Mac venha aqui!" o grito...
SB: Então isso te relembra o que você teve que passar? Ele fez muitas escolhas que você fez. Ele tentou se segurar a infância dele o quanto possível. Mas há outras estrelas mirins que não conseguiram, como Brooke Shields, que para o mundo parece não ter tido escolhas na infância, ela não tentou redescobrir a infância dela. Você acha que é um preço? Você acha que Macaulay Culkin, você e outros possam ser mais saudáveis por que entendem o que perderam e que precisam compensar?
MJ: Sabe, com certa pessoas eu entendo e com outras não. Com ela começou como sendo modelo, então não era como estar no set o dia todo, todos dos dias. Ela era modelo. Ela não era uma estrela de cinema até querer, Eu acho que foi em Pretty Baby onde ela interpretou uma prostituta na idade de... Eu acho que foi por volta dos 12 anos. Era mais fotografia, então não era como foi para nós, o dia todo, da manhã à noite. Eu acho que isso afeta as pessoas de formas diferentes, mas é sempre a mesma coisa. Ela é um doce, esperta. Não é uma tonta. Ela é esperta mesmo. Muita gente pensa que quando alguém bonito é tonto também. Mas ela é muito esperta.
SB: Quais outras estrelas mirins você teve amizade?
MJ: Não sobraram muitas delas. O que assusta. Muitas delas se destróem.
SB: Aos treze anos você se tornou personagem de uma série de desenhos animados. Foi difícil lidar com isso?
MJ: Eu acordava toda manhã de sábado. Mal podia esperar. Traducao do livro do Rabino A TUTORA DE INFÂNCIA DE MICHAEL
'Michael e eu falávamos sobre Rose Fine, sua tutora que acompanhou os Jackson 5 durante as turnês. Michael continuou ligado à ela até depois de ter crescido e a dar assistência financeira à ela sustentando-a pelo resto da vida. A conversa começa comigo e Michael falando da viagem de avião.'
MJ: Isso deixou uma cicatriz horrível em mim.
SB: O quê?
MJ: Turbulência e estar lá em cima pensando que não ia viver mais.
SB: Se lembra daquela história que me contou sobre a tutora judia? MJ: Rose Fine?
SB: Você me disse uma vez ao telefone que ela costumava te dizer que se houvesse uma freira no avião todo mundo iria morrer. MJ: Ela dizia, " Estamos bem, estamos sentados no avião e agora temos muita fé. Eu chequei... não havia nenhuma freira no avião." Eu sempre acreditei nisso.
SB: Você ainda procura por freiras no avião?
MJ: Eu penso nisso! Eu nunca vi uma freira no avião. Ela [Rose Fine] me ajudou muito por que segurava minha mão e me acalentava. Depois do show eu corria para a sala. Nós líamos e tomávamos leite quente e eu precisava tanto disso. Ele sempre me dizia, “A porta está aberta," e ela deixava a porta dela aberta.
SB: É possível que alguém que não seja o pai ou mãe biológico de uma criança possa amar tanto uma criança quanto se ama a própria? Você ama outras crianças como ama Prince e Paris? MJ: Absolutamente.
SB: Eu sempre notei que uma coisa que impressiona em você é quando eu digo, "Prince e Paris são lindos," e você sempre diz, "Não, todas as crianças são lindas." Você não me deixa seguir assim apenas elogiando Prince e Paris. MJ: Elas são lindas para mim. Eu vejo beleza em todas as crianças. Elas são todas lindas para mim. É tão lindo e eu as amo todas - igualmente. Eu costumava discutir com as pessoas que não concordavam comigo. Elas diziam que eu devia amar mais as minhas do que as outras.
SB: Rose Fine, embora não fosse sua mãe biológica, era capaz de te demonstrar muita afeição maternal?
MJ: E cara, eu precisava disso. Eu nunca estava com minha mãe quando pequeno era muito raro, e eu tinha uma mãe maravilhosa. Eu a vejo como um anjo, e eu estou sempre viajando, indo e voltando de turnês, por toda América, além mar, clubes, sempre fora. Isso me ajudou muito. Nós tomávamos conta dela [Rose Fine] , Janet e eu, até o dia em que ela morreu. Ela morreu recentemente.
SB: Você acha que ela deveria ser mencionada no contexto da nossa iniciativa de ajudar crianças?
MJ: Por favor. Ela precisar ser lembrada.
SB: Quantos anos ela tinha?
MJ: Ela nunca me dizia a idade dela. Eu acho que ela já tinha uns 90. Ela costumava dizer, "Quando eu me aposentar de vocês eu revelo minha idade." Mas quando ela se aposentou ela ainda não tinha me revelado. Ela estava conosco desde a primeira turnê dos Jackson 5 até eu os meus 18 anos. A primeira turnê foi depois de termos uma grande chance - o primeiro hit single. Ela sempre tinha o poder, como alguns concertos começavam tarde e ela sempre tinha o poder de parar o show por causa da Educação que dizia ' crianças não podem passar tempo legalmente (sem estudos)'. Mas ela sempre deixava passar. Ela não podia magoar a platéia.
SB: E então ela lecionava durante o dia?
MJ: Aha.
SB: Matérias básicas? Matemática? Inglês? Ela ensinava oara todos os cinco juntos? MJ: Sim, todos juntos, por três horas. Ela ensinou Janet, todos eles.
SB: Me conte mais um pouco sobre ela? MJ: Sim, Rose Fine morreu esse ano (2001). Janet e eu pagamos por enfermeiras e cuidados hospitalares, e se a televisão dela quebrasse ou ficasse sem eletricidade, ou qualquer coisa que estivesse indo errado na casa dela, nós pagamos as contas. Agora o marido dela está doente e eu estou tomando conta dele, pois sentimos que ela era nossa mãe e você cuida de sua mãe.
SB: Você sente mesmo isso? MJ: Absolutamente. Ela era mais do que uma tutora e eu fiquei tão bravo comigo mesmo, pois quando ela morreu eu estava longe, muito longe. Eu não conseguiria chegar até lá. Eu estava na Suíça e Ewy [secretária de Michael] me telefonou e me disse que ela estava morta. Eu disse, "O quê? Eu estou na Suíça. Eu não posso..." Isso me deixo bravo, mas eu fiz tudo o que podia. Também me magoou quando eu fui visitá-la, eu disse, " Sr. Fine, é o Michael," e ela disse, "Você não é o Michael," e eu voltava a dizer, " Sou eu, o Michael," e ela dizia, " Não diga que você é o Michael. Você não é o Michael." Isso meio que finca no cérebro e eles não te reconhecem mais. Isso dói tanto. Envelhecer não é sempre bonito. É triste.
SB: Com quantos anos uma criança lida com algo assim? Você tentava conservar a sua juventude, seu jeito brincalhão, e todas as coisas das quais falamos a respeito. Você acha que envelhecer é uma maldição? MJ: De certa forma, quando o corpo começa a deteriorar. Mas quando os idosos voltam a infância, eu já antes, eles ficam bastante brincalhões e crianções. Eu me relaciono bem com idosos por que eles têm aquelas qualidades de criança. Sempre que eu vou a um hospital eu sempre acho um jeito de ir em outros quartos para conversar com idosos. Eu fiz isso dois dias atrás, pois eu estava no hospital e eles são tão amáveis e te recebem como as crianças recebem.. Eles dizem, " Entre," e nós conversamos. Eles são simples e gentis.
SB: Então a vida é como um círculo. Você começa como criança e então passa pela fase adulta, que muitas vezes não é saudável. Há muitas coisas negativas sobre essa fase, e então você volta, numa idade avançada, àquela inocência, e se torna muito mais brincalhão. E se tem mais tempo como as crianças têm. Eu acho que é por isso que avós se dão tão bem com os netos. MJ: Idosos e crianças são parecidos. Eles são livres e brincam livres e são simples e gentis. É um sentimento espiritual. Eu não visito lares de idosos o tanto visito os orfanatos. Muitos deles têm Alzheimer e não reconhecem. Mas eu sempre tenho ótimos relacionamentos com idosos. Eu adoro coversar com eles e eles te contam estórias de infância e como o mundo era naqueles dias e eu amo isso. Havia um idoso judeu em Nova York que muito tempo atrás me disse, " Sempre seja grato pelo seu talento e sempre dê aos pobres. Ajude outras pessoas. Quando eu era menino meu pai me dizia, ' Vamos pegar essas roupas e esses pães e vamos embrulhá-los, e vamos pelas ruas e subindo escadas batendo nas portas das pessoas para deixar os embrulhos à porta e corremos!' Eu perguntava, ' Por que você diz para correr?' e ele respondia, "Por que quando eles abrirem a porta não quero que sintam vergonha. São orgulhosos. Essa é a real caridade," Eu nunca esqueci isso [ a estória do velho]. Isso é doce, não é? E ele fazia isso quando menino o tempo todo.
SB: Então você tentou fazer atos caridosos que ninguém ficasse sabendo? MJ: Sim, sem brandir nenhuma bandeira. Ele [o homem o qual Michael falava] dizia que a verdadeira caridade é dar de coração sem levar crédito, e quando ele corria ele não sabia o que havia deixado. Era como se Deus tivesse deixado cair lá, sabe? Era tão bonito. Eu nunca esqueci essa estória. Eu tinha uns 11 anos quando ele me contou isso. Ele era um judeu idoso e muito gentil. Eu lembro.
'Na religião Judaica a forma mais alta de caridade é quando o beneficiado não sabe a identidade do benfeitor, e o benfeitor não sabe a identidade do beneficiado. Daí o costume judeu de pôr dinheiro todos os dias em uma caixa de caridade em casa ou em uma fundação pública que mais tarde será distribuída para os pobres.'
SB: Ela [Rose Fine] era uma judia comprometida? Ela vigiava a fé dela? Ou ela era mais como uma judia sem comprometimento?
MJ: O quê isso significa?
SB: Ela se abstinha de viajar no Sabbath, ela comia apenas kosher food, coisas assim? MJ: Não que eu lembre. Ela me ensinou muito sobre o Judaísmo. Eu não sei se ela comia Kosher food, mas sempre me sentia mal por ela por que o filho dela sofria muito. Ele era um médico que morreu cedo e no dia em que ele morreu, eu me lembro do quão pra baixo ela ficou. Ele era um médico maravilhoso, foi para Havard, era alto e bonito. Ele tinha um tipo de tumor cerebral. Eu não consigo imaginar perder um filho assim, não consigo imaginar perdendo qualquer criança.
SB: Você descobriu algo de bom sobre o Judaísmo de Rose Fine? MJ: Ela me ensinou a cultura judaica e eu nunca esquecerei, quando eu era pequeno pousamos na Alemanha, e ela ficou tão quieta. Perguntei, "O quê foi, Senhorita Fine?" Sabe quando as crianças conseguem dizer se há algo de errado com suas mães? Ela disse. "Eu não gosto disso," E eu perguntei, "Por que?" E ela respondeu, " Muita gente sofreu aqui." Foi quando eu aprendi sobre os campos de concentração, através dela, pois eu não sabia nada a respeito disso. Eu nunca irei esquecer aquele sentimento. Ela disse que sentiu frio lá, ela podia sentir. Que pessoa gentil. Ela me ensinou as maravilhosas palavras dos livros e a ler, e eu nunca seria a mesma pessoa se não fosse por ela. Eu devo muito à ela e por isso que estou dedicando o novo album à ela.
SB: Você acha que ela te via como um filho? MJ: Ela me chamava de filho. Sempre que subíamos no avião e viam sete meninos negros com um pai negro, nos tínhamos como grandes Afros, e então essa senhora branca e judia conosco. A paravam para perguntar, "Quem é você?" Ela respondia, "Eu sou a mãe." Ela sempre respondia isso e a deixavam passar. Estória doce. Ela era especial. Eu precisava dela.
SB: Ela mostrava amor incondicional? MJ: Sim.
SB: Então você acha que amor incondicional pode ser demonstrado por duas pessoas que não têm vínculo sanguíneo?
MJ: Oh meu Deus, sim, claro! Eu acho que aprendi isso com ela. Eu vi e experimentei isso. Não importa o sangue, a raça, crença ou cor. Amor é amor e quebra todas as barreiras e você pode ver direito. Eu vejo isso nos olhos das crianças. Quando eu vejo crianças, eu vejo filhotinhos desamparados. Elas são tão doces. Como pode alguém machucá-las? Elas são tão maravilhosas.
SB: Ela morreu esse ano então isso significa que você tem que lidar com a perda. Como uma criança lida com a perda? Criança vive no paraíso, num mundo perfeito o qual estamos tentando descrever. Adultos estão sempre sendo corrompidos pelas guerras e ciúmes, e o cinismo, e de repente vem a morte e mesmo uma criança tem de lidar com isso. E como você lida com a morte? E como uma criança lida com a morte?
MJ: Sim, eu tenho que lidar com a morte e isso é muito difícil. Relacionamentos e garotas que queriam ser namoradas
SB: Você sabe como as crianças sempre zombam dos casamentos. Eles dizem que tem uma quedinha por alguém na sala de aula. Crianças parecem ser naturalmente românticas. Você sempre foi romântico?
MJ: Não é de propósito, mas também não era contra. Eu acho que não. Você é o que é.
SB: AS crianças sempre têm esse amor do tipo filhotinho por dentro, e têm quedinas entre eles. Sempre passam recadinhos na sala de aula.
MJ: Eu acho isso tão bonito e doce.
SB: Você gosta de criar romance? Você é algum tipo de cupido?
MJ: Não, eu não faço isso. Eu sou muito tímido para isso. Eu sou muito parecido com minha mãe.. Costumávamos perguntar minha mãe se ela beijava o Joseph e ela respondia, "Não me pergunte essas coisas." Mas nós perguntávamos , " Mãe, a senhora o beija?" e ela respondia, "Não queria quero falar sobre isso." E queríamos saber, " Como a senhora o conheceu? Quem pediu quem em casamento?" E ela dizia, " Eu não quero falar sobre isso."
SB: Então você foi levado a ser tímido e modesto sobre coisas relacionadas à amor e romance?
MJ: Sim, nós não falamos sobre isso.
SB: Você foi casado duas vezes, Michael. Você ainda acredita em romance, ou você teve experiências negativas e que portanto é mais difícil acreditar?
MJ: Não, eu acredito em romance, mas sou tímido sobre isso. Nenhum de nós convidou nossos pais para nossos casamentos. Não acreditamos nisso. Somos muito tímidos. Eu não ousaria nem em um milhão de anos convidar minha mãe para um casamento meu. Eu não consigo me ver caminhando pelo corredor [da igreja] com minha mãe sentada lá. É por isso que todos nós fugimos e nos casamos secretamente, e só depois minha mãe lia nos jornais e não se importava. Pois somos como ela. Ela teria feito a mesma coisa.
SB: Então amor tinha que ser algo escondido e oculto?
MJ: É algo particular, é meio piegas.
SB: E algo piegas é sempre particular?
MJ: Sim.
SB: Bom, eu também acredito que o amor romântico se desenvolve através do mistério e no escondido. Mas nós não podemos abusar dele. Seus pais deveriam mesmo estar no seu casamento. Então romance é algo que você acredita, mas você foi ensinado a ser tímido sobre isso?
MJ: Eu sou tímido.Eu não sei o quão bom eu sou nisso, pois sou tímido. Eu sou diferente nesse caminho. Eu tenho ouvido sobre caras sendo bem poéticos com as garotas e, "Oh baby, isso e aquilo." Eu não sou assim. Eu vou direto ao ponto e simplesmente digo.
SB: Então o que você faz nos clipes quando se espera que você encene romance e cenas de amor e coisas assim?
MJ: Por isso é meu trabalho escolher a garota, pois é meu trabalho achá-las bonitinhas. Então eu consigo fazer se eu realmente gosto delas, como algumas das garotas que você vê em meus vídeos. Eu as escolhi. Pois eu realmente gostei delas e isso causou problemas depois por que elas passaram a gostar mesmo de mim, e eu não quero que a coisa fique séria assim. Se tornou um problema muitas vezes.
SB: Você provavelmente enfrenta isso o tempo todo, não só por ser famoso, mas por que você é o tipo de cara que as mulheres gostam de ter por perto - brando, gentil, sem medo de expressar as emoções. [Isso foi obviamente dito antes de Michael ser preso e antes das torrentes de acusações que apareceram depois]. As mulheres morrem por caras que não tem medo de mostrar vulnerabilidade e brandura, enquanto muitos dos caras em Hollywood são estereotipados, egocêntricos, obcecados por eles mesmos e não conseguem se comprometer. Você frequentemente acha que isso acontece, que as mulheres se tornam grudentas?
MJ: Como assim?
SB: Como você disse, é para ser algo profissional. Você filma com uma mulher, mas depois elas se agarram à você.
MJ: Sim, acontece.
SB: Como você dá a notícia de que não é recíproco?
MJ: Quando elas me vêem me afastando. Sim. Algumas delas me seguem pelo mundo e isso é tão difícil.
SB: Isso provavelmente as faz te perseguir ainda mais, pois elas gostam dessa timidez de menino. Para ser mais exato, muitas mulheres gostam de 'bad boys'. Mas pela mesma razão, muitas gostam dos tímidos. Do mesmo jeito elas acreditam que elas podem redimi-los de serem 'bad boys' e tentam lapidá-los de diamantes brutos para polidos, elas acreditam o mesmo sobre o tímido. Elas pensam, " Só eu consigo tirá-lo dessa concha." Mas eu acho que depois de um tempo, com você se afastando delas pelo mundo, elas entendem a mensagem. Mas você nunca diz diretamente?
MJ: Não, pois isso iria magoá-las demais.
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:48 pm | |
| 'QUEDINHAS' E AMOR INFANTIL
SB: O quê Cindy Crawford queria com você noite passada?
MJ: Eu tenho visto Cindy de longe muitas vezes, e ela estava com outros caras, e nos conhecemos por outras funções... à distância. Eu acho que ela sentiu que essa era a chance dela de me conhecer de verdade. Ela provavelmente me admira. Muitas pessoas vem até mim. O que você viu não foi nada.
SB: Você tem visto celebridades se comportarem assim, como um bando de cães, procurando por alguém que seja mais famoso do que elas? Foi tão degradante.
MJ: Sim! É pior!
SB: Sobre o quê ela falou?
MJ: [imitando a voz de Cindy] "Como vai você?" e eu respondi, " Estou ótimo!". "Oh tem certeza que está bem?, Oh, Eu adoro o seu trabalho, e eu amo o que você faz. Há tempo está na cidade?" Eu respondi, " Estou trabalhando aqui. Estou gravando!"
SB: Você acha que houve um interesse romântico?
MJ: Siiiim. Eu acho que sim.
SB: Ela estava te pedindo para sair?
MJ: Essas garotas flertam... Elas flertam. Ela é bonita.
SB: Foi descarado. Um banqueiro que estava conosco à mesa me disse, "Cindy Crawford de perto é apenas outra garota!" Eu disse, "O quê ela faz aqui?"
MJ: Você viu Donald Trump chegar?
SB: Agora ele é um homem interessante.
MJ: Uma mulher que eu realmente gostava e respeitava era a Princesa Diana.
SB: Por que?
MJ: Por que ela tinha classe e sinceramente se importava com as pessoas e as crianças e nos problemas que estavam acontecendo no mundo. Ela não fazia para mostrar. Eu gostava como ela fazia as crianças esperarem em fila para fazerem alguma coisa.
SB: Podemos dizer que houve uma leve atração romântica mesmo que inocente? Ou você não quer dizer isso? Você quer apenas dizer que pensava que ela era uma mulher muito especial?
MJ: Eu achava que ela era muito especial.
SB: Ela era do tipo bem feminina?
MJ: Muito feminina e com classe. Era o meu tipo com certeza, e eu não gosto da maioria das garotas. Há muito poucas que se encaixam nesse molde. É preciso um molde muito especial para me fazer feliz e ela era uma delas. Com certeza.
SB: Por causa do amor delas por crianças?
MJ: Precisa de muito para se achar alguém parecido, um reflexo. As pessoas sempre dizem que os opostos se atraem e eu acho que isso é verdade, também. Mas eu quero alguém que seja bem como eu, que tenha os mesmos interesses e que queira ajudar, e tem que ir a hospitais comigo e cuidar de Gavin [o último acusador de Michael]. Foi por isso que viu Lisa Marie comigo nesse tipo de coisa. Ela se importava com esse tipo de coisa também.
SB: Você já havia pensado em chamar a Princesa Diana para sair?
MJ: Absolutamente.
SB: Então porque não teve coragem de pedir?
MJ: Eu nunca pedi uma garota para sair em minha vida. Elas têm que me pedir.
SB: Mesmo?
MJ: Eu não consigo chamar uma garota para sair.
SB: E se ela te chamasse?
MJ: Eu iria. Absolutamente. Brooke Shields foi quem me chamou para sair toda vez que você nos viu juntos. Foi tudo idéia dela sair , todas as vezes. Eu sinceramente gostava dela também. Gostava muito.
SB: Ela gosta de crianças?
MJ: Sim. Minha primeira namorada, Tatum O´Neal, ela ganhou o prêmio da Academia por Lua de Papel... Eu tinha 16 anos e ela 13. E eu era tão ingênuo. Ela queria fazer tudo e eu não queria sexo por causa de todos os valores associados a ser uma Testemunha de Jeová. Eu disse, "Você está louca?" Eu tinha que ser gentil com todas. Quando eu segurei a mão de Tatum foi mágico, foi melhor do que qualquer coisa, melhor do que beijá-la, qualquer coisa. Ela, Ryan O´Neal [o pai dela] e eu fomos à um clube e estávamos assistindo uma banda e debaixo da mesa ela estava segurando minha mão e eu estava derretendo. Foi mágico. Havia fogos de artifício explodindo. Era tudo o que eu precisava. Mas isso não significa nada para os jovens de hoje. Ela cresceu muito rápido. Não estava mais na inocência, e eu adorava isso.
Agora Brooke Shields foi um dos amores da minha vida (voz alta, entusiasmo). Saímos bastante. Fotos dela estavam por todas as minhas paredes e espelhos. Eu estava no Acadamy Awards com Diana Ross e ela se aproximou de mim e disse, "Oi, eu sou Brooke Shields. Você para a festa depois?" eu respondi, " Sim," e eu estava derretendo. Eu tinha uns 23 anos... Durante Off the Wall. Eu pensei, " Será que ela sabe que há fotos dela por todo meu quarto?" Então fomos para a festa e ela perguntou, "Dança comigo?" e fomos para a pista de dança. E cara, nós trocamos números e eu fiquei pulando pelo quarto a noite toda de tanta felicidade. Ela tinha tanta classe. Tivemos um encontro onde ela ficou realmente a fim e eu me acovardei. Eu não devia. Lisa... Ainda somos amigos [2001], mas ela está se mudando. Ela mudou o número [telefone] e não temos o novo ainda.
SB: Você consegue dizer inocência imediatamente?
MJ: Direto, embora eu ache muito difícil dizer para as mulheres, pois elas são tão bajuladoras. Mas com homens eu usualmente consigo, pois eles são mais abertos como cãezinhos, enquanto garotas são como gatos. Sabe, se você está de viagem e chega em casa o cachorrinho vem fazer festa, enquanto o gato é " Ei, eu não preciso de você. Você que venha aqui e me pegue." Elas te dão atitude. Elas vêm e passam por você embora não tenham te visto em três meses. Mulheres são muito espertas. Walt Disney sempre dizia que mulheres são muito mais espertas que os homens, e ele contratava mais mulheres.
TALENTO MUSICAL
SB: Deixe-me te perguntar uma coisa... Bem, mas eu quero dizer, isso é o que faz de você único - que você é talentoso além do limite. Negros têm mais ritmo do que brancos? Quando você fala de dança e tudo mais... Quero dizer, é como uma piada, mas não é só uma piada que brancos não tenha ritmo. Quando você fala, assim, o ritmo natural e tudo mais e do jeito que esses jovens negros no gueto, o jeito que eles dançam, você sempre fala sobre isso. É como se fosse natural... Você sempre vê isso por aqui em Manhatan? Esses jovens que fazem música nas ruas. è incrível!
MJ: É incrível, e é natural. ... Eles tem esse ritmo natural que ninguém consegue explicar. É um talento natural.
SB: Você vê brancos com esse talento?
MJ: Não é a mesma coisa e eu não estou dizendo por dizer...
SB: Mas o senso de tempo...
MJ: Stan sempre me dizia, e ele ia em todos os clubes de negros... Ele sentava no Teatro Apollo e chamava isso de Cut-time rhythm. Ele disse que tinha que ter o ritmo negro então ele saía com os negros para pegar esse cut-time rhythm [ Michael faz sons]. Sabe, isso é o que rappers fazem agora - eles usam cut-time rhythm ( ao pé da letra: ritmo de tempo cortado). Isso é tudo sobre, é uma coisa de ritmo natural.
SB: Isso reflete no ritmo interior deles?
MJ: Sim, sim. Mas você pega uma criança negra e tem um ritmo de adulto, como um verdadeiro dançarino. É apenas uma habilidade natural, sabe?
SB: Sem tentar penetrar profundamente nisso, tradicionalmente, a África é mais como uma criança do que a Europa. A Europa se encheu de orgulho na sofisticação, nos perfumes e roupas elegantes. A África foi descartada como ' mais primitiva', mas por conseguinte muito mais natural, mais orgânica. Eles eram muita mais próximos da terra. Então poderia ser que eles nunca se separaram de seus ritmos naturais?
MJ: Mas como isso se tornou genético?
SB: Eu não sei.
MJ: Você poderia colocar uma criança escocesa ou irlandesa na mesma situação, deixar que nascessem na África entre aqueles...
SB: Bom, esse é todo um assunto sobre Elvis, certo?
MJ: Elvis sempre estava com negros.
SB: E ele adquiriu aquele ritmo, certo?
MJ: Sim, ele adquiriu aquele ritmo, ele queria executar passos, ele falava como negro e agia como negro. Nós conhecíamos Elvis muito bem e Lisa Marie e eu sempre falamos sobre como...
SB: Ele não foi um homem branco, você não acha que teria tido tanto êxito, certo?
MJ: Nem de perto. Nem de perto por que era esperado dele. Se lembra do slogan que Philips, que tinha a Sun Records, disse, " Se eu encontrasse um branco com o som de um negro, eu poderia ganhar um milhão de dólares." e apareceu Elvis Presley.
SB: Agora, você fez uma pergunta incrível: "Como isso se torna inato, sabe?" E principalmente a ciência hoje não acredita em adquirir características. Você não consegue transmitir características para um filho que você adquiriu ao longo da vida. Então, se você tem um grande talento musical, você passá-lo a Prince. Mas se alguém te ensinou, você não pode passar para Prince. Ele tem que aprender sozinho. Não está nos genes.
MJ: Sim, sim.
SB: Quando eu estava na minha competição de pregação no primeiro ano, eu fiquei em segundo, eu perdi para um pregador caribenho e éramos tão próximos. Eu perdi por uns 3 pontos de 103 e todos disseram, "Ele tinha senso de tempo, você não." Ele sabia como, esperar, sabe como um pregador deve construir. E todos os meus amigos me disseram, "Shmuley ele tinha ritmo." [ambos rindo]
MJ: Mas você é incrível.
SB: Não, mas ele tinha mesmo. Eu te disse, os pregadores negros são os melhores do mundo. São os melhores oradores. Olhe para Martin Luther King. Não há ninguém...
MJ: Eu choro quando ouço ele falar. Chego a soluçar.
SB: Ou mesmo Jesse Jackson, ou alguns dos pregadores aqui. Reverendo Floyd, aqui em Manhattan, deve ser o melhor do país...
MJ: Mas você é tão eloqüente. Quero dizer, você pinta quadros com suas palavras e faz pensar.
... Você alcança tudo. É brilhante.
SB: Mas é sobre ser movido pelo espírito e crianças são movidas.
MJ: Mas de onde você pega as palavras?
SB: Sabe, eu estava descrevendo no livro o que aconteceu na sexta a noite quando você veio jantar em nossa casa. Foi fascinante.
MJ: O quê aconteceu?
SB: Todos nós adultos começamos a jantar e subiu para brincar de esconde-esconde. E você foi como o Flautista de Hamelin, as crianças foram até você imediatamente. Pouco a pouco... Os adultos foram para o terceiro andar, para o segundo andar. Eles sentiram mesmo que estavam perdendo alguma coisa, por que todos estavam se divertindo e eles não. eles estavam conversando sobre política. Foi como o Flautista de Hamelin, e eles queriam fingir que estavam subindo por causa das crianças.
MJ: Eu adoro quando os seus amigos te atacam... Eu adoro isso! Eu adoro quando eles fazem isso.
...
Os líderes mais admirados e bem sucedidos da América.
SB: Ele é muito inocente e ele atacou por motivos políticos. Todos os conselheiros dele dizem que você precisa ser mais duro.
MJ: Não, não. Eu gostaria de ter conhecido Edison, Einstein e Michelangelo.
SB: Falamos de todos eles, à propósito, no livro. Edison era tão como uma criança.
MJ: Eu sei, eu percebo, eu o vi... rindo, fazendo graça. Eu vi a filmagem, eu vejo o que ele escreve. É homem bom, é um material legal. Eu adoro isso. |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:50 pm | |
| MICHAEL AINDA FALA DA APARENCIA E DA TIMIDEZ DELE AO SABER O QUE AS FÃS PENSAM!
SB: Michael, algumas pessoas escreveram que seu pai costumava dizer que você era feio. Isso é verdade?
MJ: Uh-huh. Ele costumava fazer graça com... Eu me lembro que estávamos no avião uma vez, prontos para decolar. Eu estava vivendo uma puberdade esquisita quando sua aparência começa a mudar. E ele dizia "Ugh, você tem um nariz enorme. Você não puxou isso de mim." Ele não percebia o quanto isso me magoava. E me magoava tanto que eu queria morrer.
SB: Era um jeito hostil de pôr a causa em sua mãe, "Você não puxou isso de mim?"
MJ: Eu não sabia o que ele queria dizer.
SB: Você acha importante dizer às crianças que elas são bonitas?
MJ: Sim, mas sem exageros. Você é bonito por dentro. Faça assim. Prince olha no espelho enquanto penteia o cabelo e diz “Eu sou bonito." Eu digo " Você está bem."
SB: Você acha que seu pai instalou em você a crença de que você não é bonito? Então você tentou mudar sua aparência um pouco, e ainda assim você não está feliz. Então você tem que gostar da sua aparência e de tudo em você.
MJ: Eu sei. Eu gostaria de poder fazer isso.
SB: Todos nós temos problemas com nossa aparência. Olha. Eu tenho essa barba rala. Quando eu tenho que aparecer na TV, as pessoas com as quais eu trabalho sempre dizem que eu tenho que cortá-la, que arrumá-la. Mas a minha religião não deixa que eu a corte, e ela cresce longa.
MJ: Você gostaria de cortar sua barba?
SB: Sim, para ser honesto eu gostaria. Não totalmente. Apenas apará-la. Mas Deus e minha religião são mais importantes para mim do que a aparência.
MJ: Não é permitido à você isso?
SB: Essencialmente, não. E eu fico por aqui. Alguns rabinos cortam a barba e outros não...
MJ: Quando eles cortam as deles, isso é contra as regras?
SB: As regras são interpretadas de formas diferentes por diferentes rabinos. A Bíblia diz que você não pode usar uma faca no rosto. E algumas pessoas entendem isso literalmente, uma faca. E são essas pessoas que fazem a barba com barbeadores elétricos, mas não com lâminas, uma lâmina nua. Para outros o significado do versículo seria qualquer objeto afiado que servisse para cortar a barba. Mas minha esposa, Debbie, diz, " Eu não casei com um homem que irá tentar consolar a sociedade. Eu casei com um homem que eu queria respeitar e você é um rabino. Tenha orgulho de quem você é."
(Não encontrei versículo algum no Velho Testamento - que é o único usado pelos Judeus- onde se falasse contra a raspagem de barba, mas encontrei esses. "E quanto a ti, ó filho do homem, toma para ti uma espada afiada. Tu a tomarás para ti como navalha de barbeiro e tens de fazê-la passar sobre a tua cabeça e sobre a tua barba." Ezequiel 5:1. E "Chegaram então homens de Siquém, de Silo e de Samaria, oitenta homens com as suas barbas raspadas." Jeremias 41:5. Deve ser apenas uma doutrina entre os rabinos)* Acrescentado
MJ: Ela não se importa com a barba?
SB: Ela não só não se importa como também ficaria chateada se eu a raspasse toda. Ela me disse essa manhã. "Se você realmente me ama e me respeita você nunca diria isso, pois me chateia que você tenha que se arrumar (a barba) para parecer melhor." Minha esposa quer que eu viva sempre sob meus princípios.
MJ: Isso é incrível.
SB: Outra noite, numa quinta-feira, você estava fantástico [ Michael se vestiu todo para ir ao Denise Rich's Angel Ball cancer fundraiser]. Você era o cara mais bonito lá. E então você não gosta de ser fotografado?
MJ: Eu gostaria de nunca ser fotografado e gostaria de nunca ser visto, Só pelo entretenimento eu desenvolvi a dança como eu queria que parecesse, e filmar como eu queria parecer.
SB: Então você faz filmes?
MJ: Eu adoro filmes, mas não controlo isso, vê. Eu não posso controlar como essas fotos saem com a iluminação e minha expressão no momento. Arggh.
SB: Se uma criança dissesse para você, "Odeio ser fotografado," o quê você diria para essa criança?
MJ: Eu diria, “Você não sabe o quão linda é. É o seu espírito que..."
SB: Então você está preparado para dizer o que todo mundo espera de você mesmo?
MJ: Eu não sei. [ Ele diz com tom de confusão e resignação].
SB: Você vê pelos seus fãs que milhares de mulheres se jogam para cima de você. Então isso quer dizer que você é bonito e desejável. Você sente sempre que elas querem se apaixonar por você?
MJ: Quando eu penso nisso - Eu nunca diria isso na TV - mas se eu subisse no palco pensando no que se passa na cabeça das mulheres, eu não subiria no palco. Se eu de repente estivesse pensando sobre o que elas estariam pensando sobre... sexo, ou como eu sou nu, então, oh Deus, isso seria tão embaraçoso. Eu nunca sairia. Isso é horrível.
SB: Muitas pessoas gostam de ser um símbolo sexual. Você não gosta por que é tímido demais. Você sabe quando algumas mulheres dizem para você o que se passa na mente delas?
MJ: Umhum. Elas me dizem.
SB: "Eu quero fazer sexo com você!" A APARÊNCIA DE MICHAEL
SB: Você tem que ter uma vida longa e feliz. Mas você acha que um dia você decidirá se tornar recluso e desaparecer?
MJ: Sim.
SB: Viver em Neverland e trancar os portões. Será assim?
MJ: Sim. Eu sei que será.
SB: Mas por quê? É por que você não quer que te vejam envelhecer?
MJ: Eu não consigo lidar com isso. Eu amo muito o belo e as coisas belas na natureza e quero que minhas mensagens saiam para o mundo, mas eu não quero ser visto agora... tipo quando minha foto apareceu no computador e eu fiquei enojado de ver.
SB: Por quê?
MJ: Por que eu pareço um lagarto. É horrível. Eu nunca gostei. Eu gostaria de nunca ter sido fotografado ou visto e eu me forcei a fazer as coisas que fizemos. Eu realmente fiz.
'Ele estava se referindo as conferências públicas que eu o levei, como a de Oxford na Inglaterra e Carnegie Hall em Nova York.' |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:52 pm | |
| Michael fala sobre o pai e o comportamento das esposas dos irmãos.
SB: Agora, sem seus cinco irmãos você ganha mais atenção do que eles. Você estava se tornando uma estrela quando começou uma carreira solo. Foi difícil para seus irmãos lidar com isso? Havia alguma analogia na historia bíblica de José e seus irmãos, no fato dele ter mais atenção até o ponto de machucá-lo?
MJ: Isso não me vinha à mente e eu não via isso até então, só mais tarde. Minha mãe viu, mas ela não trouxe isso para a minha atenção. Mas eu acho que as esposas meio que instigaram isso. Foi o que rompeu o grupo. Esposas foram o que separaram os Beatles. Foi o que separou Martin e Lewis. Foi o que separou todos os grandes atores. As esposas se envolvem e começam a dizer para um membro (do grupo) "Você é a estrela. Ele precisa de você e não você dele." Então ele vinha para o trabalho no dia seguinte cheio de orgulho e começava uma briga. E foi o que aconteceu comigo e meus irmãos. Elas fizeram isso. Eu vi acontecer.
SB: Foi o que te manteve um pouco distante do casamento?
MJ: Foi. Eu disse " Não quero ser parte disso." Eu disse. " Eu não vou me casar." Eu disse isso por anos.
SB: Havia alguma forma de parar isso? Você poderia ter dito aos seus irmãos, "Olha! O quê está acontecendo conosco?" Você poderia ter parado isso? Eles se casaram cedo. Eles deviam estar se sentindo sozinhos também.
MJ: Eles se casaram cedo para fugirem do meu pai, para saírem de casa. Imploramos para eles não se casarem, mas eles casaram.
SB: Por que você ficou na casa?
MJ: Eu estava no auge de Thriller. Eu pensava que ainda era um garotinho. Não era hora de eu ir ainda. Eu ainda sou menino. Não era hora de sair de casa ainda. Eu realmente sentia isso no coração.
SB: Mas você ainda tinha medo de seu pai? Como você junta isso?
MJ: Ele não era mais meu empresário na época, mas ainda recebia o cheque de royalties. Ele estava mais calmo e tinha orgulho de mim. Mas não dizia.
SB: Você queria ouvir isso dele?
MJ: Eu precisava disso.
SB: Mais do que ninguém no mundo?
MJ: Sim.
SB: Ele ainda não disse. E não diz agora? Você acha que ele sabe que você é a maior estrela do mundo, ou você ainda acha que na cabeça dele ainda não entrou isso?
MJ: Ele sabe disso, mas acha difícil elogiar e foi isso que me fez ser um perfeccionista tentando impressioná-lo. Se ele estivesse na platéia e fizesse uma cara assim [Michael faz a expressão] ele conseguia assustar muito e você iria pensar , "Eu não posso estragar tudo. Ele vai nos matar." Todos estariam aplaudindo e ele estaria assim " Vou pegar pesado com você. Não estrague tudo," E eu pensava, "Deus estou ferrado depois do show."
SB: Dado isso há duas forças motivadoras na vida, medo e amor, você acha teria ido mais longe ainda se a motivação tivesse sido o amor? Como se seu pai tivesse dito " Michael, eu vou te amar de qualquer jeito, mas consegue fazer isso," Claro, agora você pode depreciar o medo que seu pai instalou em você. Mas o problema com isso é que você se tornou a maior estrela no mundo. Então talvez medo seja uma força motivadora melhor do que o amor. Para ser exato, eu não acredito nisso. Mas os seus exemplos não mostram que isso é verdade?
MJ: Eu acho que há um equilíbrio. Vale à pena desistir da paternidade? Vale à pena desistir do amor que eu poderia ter concedido o melhor de mim para ele, e ter a aquela camaradagem quando nos olhamos nos olhos passeando pelo parque de mãos dadas? Eu não acho que vale a pena desistir de tudo isso. Sinto muito. Isso é precioso.
SB: Se sua carreira agora sofre por ter estado nas mãos de seu pai, você está preparado para aceitar o preço?
MJ: Não, eu não estou preparado para isso. Eu posso fazer as duas coisas. Eu sinto que tenho que.
SB: Você acha que Deus te deu esse potencial. Esse dom, e que você tem que fazer alguma coisa com isso?
MJ: Eu tenho que fazer.
A DOR DE PERFORMAR E A PRESSÃO DE MANTER-SE NO TOPO
SB: Você sempre sente que está sempre se pondo à prova, que tem sempre que performar, que nunca há descanso, que nunca tem aquele período onde possa brincar sem se preocupar ou impressionar?
MJ: Eu amo arte. Eu amo muito. Minha mãe sabe sobre mim. Eu amo pinturas e esculturas e todas essas coisas. Eu tirava nota A em Arte e em Inglês. Eram duas matérias que sempre tirava um A+. Eu fui muito pouco a escola, eu tive minha tutora. Mas nos anos que eu fui à escola, a professora sempre me usava como exemplo de bom aluno em Inglês e em contar estórias, pois sempre tínhamos que escrever as mesmas estórias. Mas ela costumava me fazer ir lá na frente - o que eu odiava- e ler minha estória para a classe e eu ganhava bastante aplausos. Não por causa de quem eu era, mas por que eles realmente gostavam das estórias que eu escrevia. Eu tinha um portifólio de tudo isso, pois eu sou um artista, também, e eu gosto de desenhar e pintar. E alguém o roubou e isso partiu meu coração, pois eu sempre quis guardá-lo. Um dia vai aparecer em algum lugar, pois eu sou realista e não abstrato. Há pessoas pelas quais eu sou apaixonado, totalmente. Eu morreria por eles. Eu adoro Michelangelo e Charlie Chaplin com todo o meu coração. Eu adoro Walt Disney. Há pessoas pelas quais eu sou doido. São minhas pessoas. Eu amo os mestres.
SB: Há uma pressão fenomenal. Você sempre tem que ser Michael Jackson, 100 milhões de álbuns vendidos?
MJ: E a imprensa, ela espera com facas.
SB: Pelo seu fracasso?
MJ: Absolutamente. Eles tentam me retalhar em pedacinhos então tem que ser além da expectativa, além do brilhante. Eu dou tudo o que tenho.
SB: Mas isso esgota você?
MJ: Sim. Por que quando você é o artista de maior vendagem de todos os tempos, com quebra de recordes, eles esperam... Você é o alvo.
SB: O quê te dá descanso, o quê te dá forças? É Prince e Paris?
MJ: Prince, Paris e todas as crianças no mundo. Não só Prince e Paris - todas as crianças.
SB: Você sente que se o próximo álbum não for tão incrível você não será especial?
MJ: Seria um choque para mim [ se eu não performar tão bem quanto desejo], pois eu me pressiono muito e exijo o melhor de mim. Eu exijo mesmo. A melhor forma que eu possa trabalhar, e ponho bastante pressão sobre mim. Então para que isso aconteça, se tiver de ser assim, seria psicologicamente destruidor para mim.
SB: Mas você sente que as pessoas ainda te amariam se você não fosse mais tão bem sucedido? Você ainda se sentiria amado? Uma criança precisa se sentir amada mesmo que ela não vá bem na escola.
MJ: Sim, eu me sentiria, por causa do meu trabalho passado. Mas eu não me sentiria à vontade com isso. Eu tento não olhar para o passado.
SB: Você acha que por causa de algumas das coisas que você descreveu para mim; uma infância muito difícil - sem aniversários, sem Natais - que é por isso que sua carreira tenha se tornado tão importante?
MJ: Provavelmente. Eu acho que sim.
SB: Você não acha que se pune um pouco demais, que é por isso que há tanta dor? Você se pune imensamente se as coisas não saírem perfeitas?
MJ: Eu faço isso. Eu sei que faço. Eu prefiro ser o responsável por isso, pois a palavra final é minha, a edição final é minha. No passado isso deu certo. Oh Deus, mas se essa diminuição de sucesso tiver que ser, eu não sei o que faria.
SB: Mas você não vê Michael, é disso que você tem que se libertar.
MJ: Eu sei, mas eu não consigo. Sou eu. Não fui feito para pensar assim |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:54 pm | |
| SEXUALIDADE E MODÉSTIA
SB: Na tentativa de preservar as qualidades infantis em sua vida, Michael, você ficou tímido em falar sobre sexualidade. Como quando Oprah perguntou sobre sua vida sexual, você respondeu desse jeito, “Eu sou um cavalheiro e não falo sobre isso." Você sente que deveríamos ser mais respeitosos sobre o lado sexual de nossas vidas? Você acha que isso se tornou algo exagerado? Quero dizer, você é naturalmente tímido sobre esse assunto.
MJ: Sim, eu sou apenas naturalmente, umm, por que eu acho que isso é ...
SB: Particular?
MJ: Sim, essa é a minha opinião pessoal. Outras pessoas são exibicionistas, você sabe naturalistas, que saem nuas e se sentem diferentes assim. Um, eu não sei, eu sou apenas diferente nesse assunto.
SB: Não temos que abusar de nossa sexualidade para aumentar as vendas de ingressos e discos?
MJ: Não, isso é loucura, como alguns desses cantores bojos dentro da calça, isso é loucura. Eu não entendo isso. É nojento para mim quando eles fazem coisas desse tipo. Isso é embaraçoso. Eu não quero nem que me olhem para baixo... procurando por 'aquilo'. Isso me deixaria com tanta vergonha, oh Deus.
SB: Não seria isso um sinal de insegurança, talvez? Talvez eles achem que a dança deles não seja boa o suficiente e então tentam trazer atenção para outra coisa.
MJ: Sim.
SB: Sua mensagem para alguém como Britney Spears seria, " Olha, você é bonita e talentosa. Não precisa ser sórdida. Você é tão talentosa sem arrancar tudo as pessoas irão olhar para você. Igual a Madonna, que frequentemente tem sido criticada por tirar vantagem do desejo sexual masculino para poder ter esses caras babando atrás dela para fazê-la popular.
MJ: Sim, uh huh. Aha. - MEDOS
SB: Você vive com medos? Daquele tipo; pessoas vão atirar em você, metaforicamente falando. Isso te dá medo?
MJ: Não como artista. Eu sou como um leão. Nada pode me ferir. Ninguém pode me machucar sem minha permissão. Não deixaria isso me incomodar, embora eu tenha sido ferido e tenha sentido dor no passado, claro, eu tenho me poupado de muito disso.
SB: Então não vive em medo agora?
MJ: Não.
SB: Você acha que as crianças nos ensinam a ter medo? Por um lado elas têm medo, elas têm medo de cães, têm medo do escuro e muitas outras coisas. Por outro lado elas não têm medo do amor e nem do que precisam.
MJ: Nós ouvimos, observamos, aprendemos. Abrimos nossos corações e mentes, abrimos nossas almas. Sim, podemos aprender, mas você tem que perceber que...
SB: Adultos vivem com mais medos do que as crianças.
MJ: Absolutamente... Recaídas nervosas. E criam suas próprias circunstâncias de muitas maneiras. Se preocupar com alguma coisa até o ponto de destruir sua saúde. Se há algo que elas querem muito as crianças ficam repetindo e repetindo até conseguirem por que não conhecem outro jeito de fazer isso. Até que você cede o que é muito doce e adorável. Eu sempre digo à eles, " Se essa é a coisa mais importante para você se preocupar na vida então você é uma pessoa de sorte. Se esse é o seu maior problema então você é sortudo." Você percebe no futuro... para eles isso é importante no momento, o que é adorável. Pode ser a coisa mais simples do mundo, também, Adorável.
SB: Então, o ponto era tentar fazer com que, por um lado, há coisas que te assustam [Michael me contou que tem medo de cachorros], e que são medos clássicos da infância. E à propósito seu amo pelo medo é muito similar ao de Adão e Eva. Eles adoram o perigo, sabe. Deus disse à eles "Há um fruto que é perigoso," e era esse que eles queriam comer. Por outro lado, você tem medo de cães perigosos.
MJ: É, eu não gosto desse tipo de coisa. Isso me assusta. Ou se eles encurralam um cougar entre os filhotes... Não sei se o nome é lobinho ou raposa... mas ela está encurralada e é muito territorial, você não se aproxima. Você não atravessa aquela linha. Eu não entendo quando pessoas pegam uma arma e atiram na mãe ( no animal)... E os bebês elefantes eles fazem a mesma dança toda hora. Eles dão aquele grito e então dão voltam confusas enquanto a mãe deles está deitada morta lá, eles ficam dando voltas como se fossem enlouquecer. E eu não entendo como o homem pode fazer isso. Isso me machuca muito. É muito mau.
SB: Você vai em safáris quando está na África?
MJ: Sim, sim.
SB: Você chega perto de alguns dos animais mais perigosos?
MJ: Sim.
SB: E não tem medo...?
MJ: Não. Não, eu amo safáris. Amo muito.
SB: Então você a contradição desse medo. Você tem medo de coisas como aranhas, coisas que crianças teriam medo, mas você não tem medo de um leão.
MJ: Não, não. Eu sou fascinado por isso.
SB: Quero dizer, em Neverland, eu vi você chegar com uma cobra. Se lembra disso?
MJ: Sim, sim. E com as cascavéis. Nós acariciamos as cascavéis são muito, muito... quero dizer, elas podem te matar.
SB: E você não tem medo de nada desse tipo?
MJ: Eu sou fascinado por coisas que são perigosas para os homens e só de olhar um tubarão... Por que somos tão fascinados por tubarões? Por que podem te matar. E você grita " Tubarão!" e todo mundo pergunta, "Onde? o quê? Quem?" Sabe, quando você diz 'barracuda' ninguém dá a mínima, você diz 'camarão' e nada. É o medo, a lenda e o folclore atrás disso. E adoro tudo isso... Eu acho que eu gosto do mesmo que PT Barnum gostava nisso. Sabe, coisas que despertam o interesse das pessoas, eu adoro esse tipo de... É isso que eu amo na mágica, e Howar Hughes. E amo tudo isso.
SB: Quais são os seus maiores medos então? Eu sei que tem medo de pessoas más. Você não gosta de gente má.
MJ: Eu não gosto caras grandes, altos e maus do tipo agressivo. E é isso que me deixa meio para baixo sobre, você sabe quem (o pai dele). Isso me machuca quando me pergunta, eu não gostei nada disso. Como pode um ser humano ter aquilo nele e ser tão ríspido? Se é assim que ele se sente, que guarde para ele, não diga.
SB: Você não gosta de caras altos e agressivos...?
MJ: Não. Em minha vida, eles foram muito maus. Embora tenha havido alguns gigantes gentis. Os grandões não foram legais.
SB: Mas seus guarda-costas são altos...
MJ: Eles são altos...
SB: Mas eles são tão legais...
MJ: Eu tenho que ter a certeza de que são legais. Eles têm que ser cavalheiros. E todos eles sabem, se uma criança se aproxima que não a afaste. Se uma criança se aproxima para pedir autógrafos, você estende o tapete vermelho em cortesia para ela. Todos eles sabem disso. É muito importante. Quero dizer, Brando não assina autógrafos para ninguém a menos que sejam crianças. A menos que sejam os pequeninos, ele não assina. Eu acho isso muito legal, sabe?
SB: Que outros medos você tem?
MJ: Que outros medos? um...
SB: Cães. Não entendo por que certas crianças têm certos medos. Outra noite eu pus um DVD para as crianças e havia um monstro, e Baba ( a mais novinha) começou a gritar e chorar, e correu para o quarto, e ela sempre atrasa sua hora de ir para a cama, mas nesse dia ela disse, "Eu quero ir para a cama." E foi dormir. Ela odiou.
MJ: Que filme era?
SB: Eu acho que era Men In Black ou algo assim.
MJ: Ohhh, em DVD? Mas as outras crianças gostaram? Elas sabiam que era coisa de filme, que não era real?
SB: Sim. Eu realmente não as deixo ver coisas assim, mas elas as conseguem e esse eu assisti com elas, então... Baba viu o primeiro cara e...
MJ: É, não é para Baba. Não era para ela. Prince e Paris adoram Jurassic Park, embora haja violência e armas. Mas eu quero que eles vejam bons filmes, se eles são bons mesmo. Não muitos, mas os bons. Boa arte. |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:55 pm | |
| MICHAEL SE VÊ COMO UM ESCOLHIDO DE DEUS?
TERIA ELE PODERES ESPECIAIS DE CURA?
SB: Jesus disse, "Deixai as criancinhas e parai de impedí-las de virem à mim," (Mateus 19:14) Ele tinha todas essas citações maravilhosas sobre crianças e as figuras mais santas foram vista rodeadas de crianças. Você se identifica com pessoas assim? Você sente que Deus tenha te dado mais do que apenas talento para a música?
MJ: SIM. Absolutamente.
SB: ... Espere. Eu acho que você tenha algo de especial à fazer aqui na terra. Todo ser humano tem. E não podemos ignorar o fato de que você tenha um renome raramente visto antes. E temos que canalizar essa celebridade de uma maneira apropriada. É quando você se torna um professor, Michael, não apenas um artista, você tem que identificar o que é isso, que mensagem positiva você deseja conceder à humanidade. É quando sua celebridade se torna algo como redenção. Na verdade, eu acho que a palavra 'entertainer' para você é um pouco insultante. Você não é só um artista e deveria sempre se esforçar para ser muito mais do que meramente um 'entertainer' (artista do entretenimento). Eddie Murphy é um artista do entretenimento. Ele é ótimo. É engraçado, mas ninguém acampa do lado de fora da casa dele. Você entende o que eu quero dizer. Então isso é uma coisa muito poderosa e você precisa determinar o que você quer alcançar com isso, de que jeito saudável e abençoado você possa usar isso? E não é sobre você é sobre algo maior do que você - um objetivo que é grande e vai além do entretenimento. Você se vê sob essa capa? Você sente que Deus te deu certos poderes de cura? MJ: Sim.
SB: Então quando você fala com Gavin ()você o está curando, não apenas falando com ele?
MJ: Eu sei que o estou curando, e tenho visto criança me encherem de amor. E elas apenas querem me tocar e me abraçar, chorar e não me soltar. E elas nem me conhecem. Veja, às vezes quando saio, ou apenas estou num lugar, as mãe pegam seus filhos e os colocam em meus braços. “Toque meu filho, toque meu filho, abrace-os." Não é como a adoração de um herói, como a religião diz, idolatria.
SB: E não é idolatria? Por quê? Por que não estão adorando você? Porque eles querem se sentir melhor com eles mesmos? Por estarem bem perto de você eles se sentem mais leves, como se pudessem andar sobre a água. Por que isso não é idolatria? MJ: Sim, por que minha religião nos ensinou que não se deveria fazer isso. Se eu fosse para minha igreja eles nunca me tratariam do mesmo jeito que a sua igreja me trataria.
'Quando levei Michael numa sinagoga para o Sabbath, as pessoas o cumprimentaram com muito entusiasmo. No Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, eles fazem questão de não tratarem Michael de forma diferente dos outros adoradores. No caso da sinagoga, nós propositalmente não dissemos para todos os congregantes que ele viria, pois queríamos que a visita dele fosse calma e eu queria que Michael experimentasse a beleza e a serenidade do Sabbath sem o estorvo do barulho causado pela celebridade. Mas quando as pessoas o viram, elas correram para recebê-lo e cumprimentá-lo.' MJ: Eles teriam sido gentis depois da cerimônia. "Oi Irmão Jackson. Tudo bem?" Mas abraçar e dizer "Oh, amamos você,", eles nunca fariam isso. Eles sentiriam que isso é idolatria e não se deveria fazer isso. É errado, eles levam isso longe demais. Não há nada errado em dizer, “Obrigado, nós te amamos muito..." CONECTANDO-SE COM O DIVINO
SB: Você se diverte quando performa e faz música?
MJ: Sim. Eu adoro. Se não fosse divertido eu não faria. Eu faço por que amo muito isso. Não há felicidade maior do que dançar e performar. É como uma celebração e quando se é pego naquele lugar, quando certos artistas vão e se tornam um com a música, um só com a platéia, se você está nesse nível é como estar num transe, isso toma conta de você. E você se desconecta e começa, a saber, onde está indo mesmo antes de chegar lá. Eles têm que saber onde você está e responder. É como jogar ping-pong. É como quando os pássaros migram, eles sabem onde estão indo. Ou como os peixes. Eles são telepáticos, estão na mesma linha. Isso é o que acontece quando se performa, você é um com os músicos, com a dança e com a música e fica em transe. E cara, você os têm. Estão na palma da sua mão. É inacreditável. Você se sente transformado.
SB: Qual energia te leva para lá? É divina?
MJ: É divina, é pura, é revelação, sem que se faça soar espiritual ou religiosa, mas é uma energia divina. Algumas pessoas a chamam de espírito, como quando um espírito entra num quarto. Outras pessoas vêem isso com olhos maus. Religiosos às vezes o fazem olham assim e dizem que e demoníaco, que é culto, que é o diabo. Não é, é muito de Deus, é pura energia divina. Você sente a luz de Deus. Quando eu performo certas músicas, como na Motown 25, ou quando eu dancei Billie Jean e fiz o moonwalk pela primeira vez no palco, e a platéia gritava quando eu fazia um pequeno movimento, e você movimenta a mão e... "Agggghhhhhh," [grito] em qualquer coisa que você faça. Eu fico como que pego num transe com tudo isso. Eu sinto mais não ouço. Eu sinto tudo. E no final da peça, quando termino e abro os olhos e vejo a resposta, eu fico surpreso, pois estou em outro mundo. Eu fui um com o momento, trabalhando o momento, naquele momento.
SB: Então você não está fazendo para consolar ninguém. Talvez esse seja seu poder como artista. Nunca foi sobre o que as pessoas queriam, o quão condicionados, o quão acomodados as pessoas queriam ficar.
MJ: Não.
SB: Você pode ensinar as pessoas como chegar lá? Se alguma amargura ou ódio no seu coração em momentos assim, se eles são, como você diz, divinos, você sente que se esvazia disso?
MJ: Esvazia. Você fica acima de tudo. Por isso que eu adoro ir a um lugar onde não há ninguém que possa fazer alguma coisa. O ponto de retorno se vai. É maravilhoso. Você foi tomado. Se sente isso, e isso não significa... todos que estão lá estão nessa com você, a platéia está nessa com você... |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 12:57 pm | |
| KARMA E JUSTIÇA
SB: Eu realmente gosto do fato de em Neverland a Segurança ser chamada de 'Salvamento'... está no distintivo deles, uniformes e chapéus.
MJ: Eu não sei.
SB: O fato de estar escrito 'Salvamento' em vez de Segurança, é como, " Não estamos aqui para o mundo do lado de fora, mas simplesmente para assegurar que todos os visitantes estejam à salvo aqui." É menos intimidante e mais humano. Crianças têm um senso muito forte de justiça. A coisa mais comum que eu ouço dos meus filhos é, "Isso não é justo." Você diz que essas pessoas que fazem isso se esquecem disso. E por um lado crianças têm esse senso forte de justiça, e do outro lado vemos pessoas más fazendo coisas e ninguém as impedem.
MJ: Acontece o tempo inteiro. Eu penso que justiça é muito importante, pois há muita injustiça no mundo e eu odeio injustiça. " Estou cansado de injustiça" é a abertura de uma das minhas músicas no meu último álbum, chamada Scream. Essa é a primeira frase que eu digo. Depois vem Janet dizendo " Oh meu Deus não posso acreditar no que vi na TV essa noite. Fiquei enojada com toda a injustiça", Por que eu queria que as pessoas soubessem disso e elas não estão nem aí, e eu não acredito em karma. Eu acho que isso é uma grande besteira, por que muitas pessoas mal intencionadas, pessoas ruins estão no topo do mundo, se dando bem e as pessoas as amam, sem importar o quão má ela são.
SB: Eu adoro quando você faz declarações fortes assim.
MJ: Bom, sinto muito, mas é besteira. Karma é uma teoria como qualquer outra teoria que os humanos inventam.
SB: Bem, “O que vai, volta" e tudo bem, pois há uma grande verdade nisso. Mas karma poderia ser ruim de verdade, pois karma diz que crianças deficientes fizeram alguma coisa má na vida passada.
MJ: É uma ótima fala e sinto muito por falar sobre isso. Mas eu odeio qualquer um que diz coisas assim. Uma criança que fez algo ruim na vida passada e por isso Deus as manda com deficiências? Há todos esses órfãos só nesse país, vindo para a América para serem adotados. O avião cai. Todas as crianças no avião morrem. Por quê? Se você pudesse salvar todas aquelas crianças, se você estivesse no Céu, você diria, " Essa não vai descer. Talvez aquela, mas não aquela." Eu sei, eu diria.
SB: Você já teve gurus espirituais do oriente que chegaram para você e disseram, " Michael, crianças são atropeladas por caminhões por que elas fornicaram na vida passada?"
MJ: Não, e se tivessem dito isso eu ficaria furioso e daria à eles todas as razões para mostrar que isso é um monte de besteiras. Isso é 'caca' [ Michael não quis dizer '*****']. É uma teoria como todas as outras teorias sobre o universo. Algumas pessoas acreditam na teoria do Big Bang, que eu não acredito, e outras acreditam na Criação, aquela história de Adão e Eva, que esse universo não foi um acidente. Dizer que esse universo foi originado pelo Big Bang ou por acidente é dizer, "Okay, eu quero que peguem um motor de carro pois vamos tirar um pedaço e colocar numa banheira, e então eu quero que comecem a chacoalhá-la." Você pode chacoalhar essa banheira por 100 anos que nunca irá se tornar o motor perfeito. Todas as peças para se juntarem e formar um motor, é assim que a teoria do Bing Bang diz, e então houve uma grande explosão e agora temos crianças, árvores, plantas, o ar que respiramos o oxigênio. Alguém tinha que criar isso, um designer tinha que criar isso. * Você concorda?
SB: Isso é o mais importante de todas as crenças religiosas, que Deus é a origem da vida.
MJ: Quando eu costumava ir de porta em porta em porta [trabalho de campo das Testemunhas de Jeová] e as pessoas diziam, "Somos ateus," Eu pensava "O quê? Eles não acreditam em... " Eu ouvi muito isso e eu tinha um irmão que era ateu por um tempo, mas eu acho que não é mais. Tito era ateu mesmo depois de ter sido criado como uma rígida Testemunha de Jeová. Eu sei que alguns dos diretores famosos, o cara que dirigiu Singing in the Rain e que ganhou prêmios da Academia, Stanley Donen...
SB: Então quais os argumentos você tem para pessoas que te dizem ser ateus?
MJ: Eu tento falar sobre os milagres da vida, as crianças, olhar nos olhos delas, nossos corpos, como tudo funciona perfeitamente, isso não acontece por conta própria. De jeito nenhum. Então eu pergunto por que estamos aqui e por que nos permitimos nos destruir. Por que somos a única espécie que se destrói. Todas as espécies nesse planeta... Eu não entendo como tanta injustiça acontece. Por que algo no Céu não parou o Holocausto ou alguns dos grandes genocídios que aconteceram no mundo, dos linchamentos à escravidão, dos grandes problemas, à Stalin, à...? Eu odeio dizer isso, mas Napoleão, também. Ele é louvado por seu genocídio [presumo que Michael se refira a guerra que ele causou], onde Hitler é chamado de O Diabo, que ele era. Mas ambos fizeram a mesma coisa. Mas um o fez por seu país e outro fez também! Mas um monte de gente morreu com Napoleão. Há estátuas de Napoleão...
(Na capa do disco Dangerous Napoleão é representado com uma cabeça de cachorro) *EU
SB: Bom, ninguém foi tão mau quanto Hitler. E Napoleão, ainda que sendo um homem que iniciou muitas guerras, era um ditador benevolente e forma alguma poderia ser comparado a Hitler. Ainda assim, nos dias dele, Napoleão era referido pelos Ingleses e outras nações da Europa como "A Besta". O chamam de Anti Cristo.
MJ: Mas ele morreu solitário numa ilha totalmente sozinho.
SB: Você gosta de ler sobre História?
MJ: Eu gosto, mas não sei em que acreditar ou não acreditar. Por que eu sei que muito do que é escrito sobre mim é distorcido... sobre mim... muita coisa é distorcida. Pois esse país foi tomado dos índios, a Austrália dos negros e o Apartheid, como mataram tantos negros.
SB: Você que a maioria das mortes dos povos indígenas aqui nas Américas, assim como muitos dos escravos que foram trazidos da África, foi por causa de doenças e germes. Quase 90% dos Nativos Americanos morreram por causa de doenças européias. Veja que os europeus tinham tantas doenças no sangue deles que desenvolveram imunidade. Mas os Nativos Americanos não tinham tanta imunidade e os germes dos europeus matou mais ou menos 87% dos indígenas nas Américas, e algo como 95% dos aborígines morreram de doenças. Eles viviam num ambiente salutar sem as doenças dos europeus.
MJ: Eu odeio isso. Sinto muito eu odeio.
SB: Sabe, quando eu fui à Austrália recentemente e eles estavam debatendo sobre como o governo poderia finalmente se desculpar com o povo aborígine.
MJ: Eu sei disso tudo. Eu falei com Frank sobre isso, lembra? [Frank Cascio estava na sala durante a conversa]. Disseram que se se desculparem então eles teriam que pagá-los do mesmo jeito que estão pagando os judeus pelo Holocausto. E não querem pagar então não podem dizer que sentem muito. Eles erraram por que estavam preocupados que estendessem a mão pedindo por dinheiro.
SB: Você acha que eles deveriam fazer isso?
MJ: Absolutamente, e dar aos judeus o crédito por terem sobrevivido ao passado. Sim. Os alemães pagaram os judeus 47 bilhões por ano em taxas por causa do Holocausto.
SB: Na verdade nem perto disso. Mas os judeus nunca foram pagos pelo trabalho escravo e certamente nunca aceitaria dinheiro sujo de sangue por 6 milhões deles mortos. No lugar disso, eles foram compensados por alguns bilhões de dólares em propriedades confiscadas que foram roubadas e destruídas pelos Nazistas e seus colaboradores, e ainda assim eles apenas tiveram uma fração do que perderam.
MJ: Mas eu odeio quando as pessoas hoje em dia pensam que todos os alemães são maus, pois eles não são.
SB: Na Bíblia há uma responsabilidade mais 'na horizontal do que na vertical' . Se eu visse você bater em Frank e eu não fizesse nada para te deter, eu também seria responsável, pois estava lá testemunhando, mas escolho não fazer nada para te deter. Mas Prince não seria responsável só por ser seu filho. Não vemos os pecados dos pais acima dos filhos. Então 'responsabilidade horizontal', mas não vertical. Eles não podem ser responsáveis pelo o que os pais fizeram. Então nós não dizemos que essa geração germânica é responsável pelo o que os pais fizeram. Mas sim a geração que perpetrou isso, e aqueles que viram em silêncio, nós o temos como responsáveis. |
| | | Tixa Administrador
Mensagens : 3665 Data de inscrição : 11/10/2009 Idade : 33 Localização : Quarteira
| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 1:01 pm | |
| POR QUE MICHAEL CONTINUA COMO UMA CRIANÇA?
SB: Quando as pessoas usam a expressão adulto, pode significar maduro, equilibrado, educado, moderado. Pode significar paciente. Mas às vezes tem conotações negativas que eu quero que você comente. Pode conotar ser cínico, que não pode se confiar, que faz intrigas, manipulador, corrupto, que julga, assustado. Me diga algumas das coisas negativas que os adultos aprendem enquanto envelhecem.
MJ: Eles têm tanto tantos problemas, adultos. Eles têm estado tão condicionados pelo pensamento e os sentimentos dos outros. É por isso que eu não confio na maioria dos cães. Não é o cachorro. É por que pessoas pousam o que eles acreditam e toda a raiva e frustração está encravada naquele cachorro e ele se torna essa coisa viciosa e louca. E eu não sei o tipo de coisa que ele traz com ele para mim quando vem me cheirar. Então é como se fosse outro adulto. É por isso que fico com medo.
SB: Então você quer saber quais são os motivos da pessoa. Você quer saber se ela tem uma natureza viciosa ou...
MJ: Simmm. Mas essa é a perfeita representação do que as pessoas se deixaram transformar. Em algum lugar no caminho elas se perderam e eu acredito em apenas permanecer como uma criança, inocente e simples. Como Jesus disse, " O maior dentre mim é como esta criança aqui. Sejai como ela serás o maior aos meus olhos." Quando muitos adultos primeiramente vêm até mim, eles olham para mim e checam o que você veste e com quem você está. Eu percebo isso. Então uma vez que falam comigo e vêem que eu sou apenas uma pessoa simples que quer ser amiga, o coração delas derrete. Eu percebo.
SB: Então crianças aceitam melhor inicialmente. Elas não julgam.
MJ: Sim, elas deixam sair tudo. Elas dizem, " Oh meu Deus, é Michael Jackson." E eu respondo, "Oi." Um adulto sorriria e diria, "Oi." Então, julgaria um pouco e diria, " Eu gosto do que você faz," mas eles não deixam tudo sair. [Não se deixam parecer impressionados].
SB: Por que não se deixam? Por que engarrafam o entusiasmo? Estão tentando mostrar " Não vou ser vencido por você... Eu sou uma pessoa também." É insegurança?
MJ: Eles passam por uma guerra psicológica, como se aproximar de mim, o que dizer, o que não dizer. [ Mas o que eu quero que eles saibam é que eles deveriam ser eles mesmos, ser como uma criança. Ser inocente. Ser do jeito que eram quando nasceram.
SB: Talvez o que você esteja dizendo para eles é isso: "Eu não estou tentando ser maior do que vocês. Eu sou quem eu sou, e vocês só sejam quem são."É quase como se você estivesse dizendo que crianças são mais iguais à você do que os adultos.
MJ: Claro que elas são. Eu me relaciono com elas muito mais fácil. Elas não vêm até mim com toda a bagagem e tal. Elas só brincam. Não querem nada de você. Você não quer nada delas além de amor e inocência, e encontrar a verdadeira felicidade e magia juntos.
SB: É como se os adultos te fizessem ser alguém que você não quer ser. Você não quer ser defensivo e artificial e não quer ter uma conversa fiada e estúpida. Quando crianças vêm até você com todo aquele entusiasmo você é Michael. Mas perto de adultos você vem com uma agenda. Você dá a analogia do cachorro. Você não sabe como reagir então fica defensivo. Eles te transformam em alguém que você não quer ser.
MJ: Isso mesmo. É por isso que eu me tornei... não dizer que eu deixei que eles vencessem a guerra, mas eu apenas não me importo em estar perto deles. Pode levar essa mensagem. Você mudará muitas pessoas [ para serem mais como uma criança]. Nós iremos literalmente e mentalmente batizá-los com nossas palavras e nossos livros, com o que quer que fizermos. Mas há tantos lá fora que fecharam mentalmente a porta e que não querem mudar, se recusam a ver a luz. Mas podemos ajudar muitas pessoas, muitas delas são muito, muito difíceis. Elas têm estado tão condicionadas. Mas eu acredito que você pode mudar muitas pessoas. É isso o que é maravilhoso nisso tudo. Você pode mostrar à eles. Há 'crescidos' que vem para Neverland e dizem, "Sabe, eu não tenho feito essas coisas há muitos anos... Você pode baixar a guarda e ser criança de novo." Eu digo, " É para isso que serve Neverland. Para retomar a inocência. Para se divertir." |
| | | Tixa Administrador
Mensagens : 3665 Data de inscrição : 11/10/2009 Idade : 33 Localização : Quarteira
| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Qua Jul 21, 2010 1:02 pm | |
| CELEBRIDADE-RELACIONAMENTOS QUE DERAM ERRADO
'Eu perguntei Michael mais sobre seus amigos celebridades. Por que ele conseguia se conectar mais com elas do que com as não-celebridades?'
MJ: Sim, mas eu não tenho amigos em Hollywood. Muito poucos.
SB: Por que você não sai mais com celebridades?
MJ: Por que eu acho que eles não são autênticos. Eles gostam de estar em cartaz e eu não teria nada em comum com eles. Elas querem ir para clubes e depois sentar em algum lugar e beber licor e fumar maconha, e fazer todo tipo de loucuras que eu não faria.Não temos nada em comum. Se lembra daquilo que eu te disse? Madonna veio até mim antes de sairmos, "Eu não vou para a Disneylandia, okay? Isso está fora!" Eu disse, "Mas eu não te pedi para irmos à Disneylândia!" E ela disse, "Vamos à um restaurante e depois vamos para um bar de strippers!" Eu respondi, "Eu não vou à um bar de strippers!" Caras que se vestem de mulheres! Depois disso ela escreveu coisas ruins à meu respeito para a imprensa e eu escrevi que ela era uma 'bruxa indecente', depois de eu ter sido tão gentil com ela. Eu tenho que dizer que estavamos à mesa jantando quando algumas crianças se aproximaram, "Oh meu Deus, Michael Jackson e Madonna. Podem nos dar seus autógrafos?" Ela disse, "Saiam daqui. Nos deixem em paz!" E eu respondi, "Nunca fale assim com uma criança!" Ela me disse, " Cale a boca!" e eu respondi, " Não cale a boca você!" . Era assim que éramos. Então saímos dessa vez para a Academy Awards e ela não é uma pessoa legal. Eu tenho que dizer. Ela não é uma pessoa legal.
SB: As pessoas à sua volta achavam que era importante ser visto com ela?
MJ: Eles não sabiam nada. Isso era entre ela e eu.
SB: Então você se deu essa chance, mas não funcionou?
MJ: Sim, eu dei uma chance como uma tentativa e dei chance para tudo.
SB: Você basicamente viu que seus valores não batiam com os da maioria das pessoas em Hollywood.
MJ: Não, elas fazem coisas muito loucas que não é para mim e na época eu estava com Madonna e ela tinha uns livros, toda uma biblioteca de livros de mulheres amarradas nas paredes. Ela disse, " Eu adoro livros sobre palmadas!' Por que eu iria querer ver isso?
SB: Eu acho que muito disso é a imagem. Ela uma vez disse algo de efeito que ela preferia ler um bom livro do que fazer sexo. Eu acho que outra coisa vulgar é parte da ultrajante imagem que ela tenta cultivar.
MJ: Ela está mentindo sobre preferir ler um livro. Não posso julgar. Eu não sei se ela mudou ou se ela está tentando reivindicar que mudou.
SB: Por que ela faz coisas más?
MJ: Eu acho que ela gosta de valores chocantes e sabe como levar as pessoas. Eu acho que ela estava sinceramente apaixonada por mim. Ela faz coisas muito loucas e foi assim que terminou. Eu sabia que não tínhamos nada em comum. Mas eu tenho plena certeza que ter um filho te muda. Eu não sei o quanto ela mudou. Tenho certeza que ela é uma pessoa melhor do que antes.
SB: Ela tem dois filhos agora.
MJ: Sim, eu sei. Que tal receber um telefonema dela com ela dizendo que está pondo os dedos entre as pernas? Eu disse, " Oh, Madonna, por favor!" E ela respondeu, " O que eu quero que você faça quando eu desligar o telefone é que se toque pensando em mim!" Era o tipo de coisa que ela dizia. Ela faz. Quando eu a vejo ela diz, " Esse foi o dedo que eu usei ontem a noite!" Selvagem, fora de controle.
SB: Mas você foi criado de um jeito em que todas as coisas românticas deveriam ter uma certa modéstia... Os valores com que você foi criado são muito similares ao âmago dos valores judaicos. O tipo de coisa que Madonna dizia eram apenas chocantes de início. Então rapidamente ficaram monótonas e entediantes. É por isso que ela tem que abrir o envelope e se tornar mais e mais chocante apenas para sustentar nosso interesse nela. Quando as mulheres mostram os seios o tempo todo você pára de olhar. Você acha isso vulgar?
MJ: O quê ela faz? Absolutamente. Ela não é nem um pouco sexy. Eu acho que a sensualidade vem do coração na hora em que você se apresenta.
SB: Já encontrou mulheres que eram mais modestas para ser mais atraentes por esse motivo?
MJ: Sim. Eu não gosto de mulheres que vivem dizendo " Minhas unhas precisam ser feitas. Preciso fazer meus pés. Eu preciso de uma manicure!" Eu odeio tudo isso. Eu gosto quando as mulheres são mais molecas. Se elas lutam, escalam árvores... Eu adoro isso. É muito sexy para mim. Eu gosto de classe também. Classe é tudo.
SB: Se uma mulher anda com quase os seios a mostra...
MJ: O Frank adora!
'Michael aponta para Frank Cascio, que estava sentado bem perto de nós. Todos nós rimos.'
SB: Um homem pode querer ter sexo com uma mulher assim. Mas não significa que ele irá se apaixonar por uma mulher assim.
MJ: Claro que você quer olhar. Eu sou apaixonado por inocência e eu disse isso para o Frank.
SB: Já conheceu mulheres que tinham essa inocência ou em geral você diria que essa geração está cultivando mulheres que não são inocentes, que não são encorajadas a preservar a inocência delas?
MJ: Eu gostaria que elas preservassem.
SB: Celebridades são alvos para pessoas que querem casar pelos motivos errados, a fortuna e o nome delas. Mas você não sabe quando alguém está interessado em você pelos motivos errados?
MJ: Você não consegue saber.
SB: Os rabinos anciãos disseram que palavras que emanam do coração penetram no coração. Que sinceridade não pode ser falseada. Você não consegue dizer quando alguém está sendo falso?
MJ: É difícil, pois as mulheres de hoje conseguem fazer um bom trabalho na hora de falsear. Quero dizer que elas conseguem mesmo. Elas são suaves. Olhe na Bíblia. Mulheres tomaram os homens mais poderosos e os transformaram em nada por causa do que elas têm entre as pernas. Sansão, ninguém poderia cortar o cabelo dele, e então ele fez sexo com Dalila...
SB: Monica Lewinsky e Clinton... O que todo mundo reparou é que ela estava atrás dele, o que não desculpa Clinton, mas ela não era deslumbrante também.
MJ: Eu não te disse outro dia? Uma mulher causou tanta dor para esse presidente. O quanto uma mulher precisa fazer para tentar machucar um presidente? Olha o que ela causou, é por isso que eu não gosto de Barbara Walters, por que ela instiga muito. Ela faz tudo na televisão. Ela tentou vir aqui hoje e eu cancelei.
*******
MJ: E não gosto de clubes agora, eu fui quando tinha 11 , 8 anos, indo mais para trás, 9, 8. 7. 6 anos. Acontecem brigas, pessoas vomitam, falam alto, gritam, a polícia chega com sirenes. Nosso pai nunca nos deixou ser parte disso além de apenas ir lá, performar e ir embora. Mas às vezes quando tínhamos que ir você era envolvido nesse tipo de loucura. Eu vi tudo. A senhora que veio antes, quando os Jackson eram pequenos, " E agora, os pequenos Jackson5," era a senhora que tirava as roupas. Atirava a calcinha para a platéia e os homens a pegavam e a cheiravam. Eu vi tudo isso. O nome dela era Rose Marie e ela colocava aquelas coisas nos seios e os girava em círculos e mostrava tudo. Então quando eu fiz 16, 17 anos, os caras diziam, "Vamos ao clube!" E eu dizia, "Você está louco?" E os caras pensavam, " Não, você é que está louco? Podemos pegar as garotas, podemos beber licor," Mas eu fiz isso. Eu fui a clubes quando era um bebê ainda. Agora eu quero ser parte do mundo e da vida que eu não tive. Me leve para a Disney, me leve para onde a magia está. |
| | | PatiAC Bad
Mensagens : 90 Data de inscrição : 24/05/2010 Idade : 47 Localização : Neverland
| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino Dom Ago 15, 2010 6:03 pm | |
| ADOREI, TIXA! Coloque o resto da tradução, por favor! |
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| Assunto: Re: [Tradução] Livro do Rabino | |
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