Oprah: Os miúdos estão a chegar. Apresentem-se. Vocês vivem todos aqui (falando dos primos que também estiveram na entrevista e vivem em Encino)? Agora, falem-me de vocês. O que gostam de fazer?

Prince: Jogar jogos de vídeos, fazer desporto…

Oprah: O que gostavas de ser quando fores maior?

Prince: Productor e realizador

Oprah: Oh, queres ser realizador… (risos)

Prince: Sim.

Oprah: Quer ser um Jackson produtor e realizador… (ela faz esta observação visto que a maioria dos Jackson escolhe a música e não o cinema).

Prince acena que sim.

Katherine: Paris e tu o que queres fazer mais tarde?

Paris: Quando for maior quero ser actriz.

Oprah: Estás pronta para levar isso a sério?

Paris: Sim, eu costumava improvisar com o papá.

(…)

Oprah: Então é o primeiro ano em que tu…

Paris: Frequento uma escola regular…

Oprah: Como foi isso?

Paris: Eu penso que estava muito nervosa.

Oprah: Com o quê especificamente?

Paris: Com tudo.

Oprah: Então chegas-te á sala e o professor apresentou-te á turma?

Paris: Não. Apenas disseram: “Quem for novo que levante braço” e muitos miúdos levantaram os seus braços.

Oprah: E isso fez-te sentir melhor… Sentiste-te melhor depois disso?

Paris: Sim.

Oprah: As outras crianças reagiram de alguma maneira depois de saber quem eras?

Paris: Hum, a minha colega de mesa não sabia. Só descobriu mais tarde noutra aula…

Oprah: E o que aconteceu?

Paris: Ela não achou importante saber quem eu era.

Oprah: E isso agrada-te? Seres tratada como os outros miúdos?

Paris acena positivamente com a cabeça.

Oprah: E tu Blanket, continuas a ter aulas em casa?

Blanket: Sim.

Oprah: É difícil passar por uma vida em que vocês eram literalmente escondidos? Vocês lembram-se desses tempos?

Prince: Sim.

Oprah: Nessa época vocês sabiam o porquê de usarem máscaras?

Prince: Sim.

Oprah: Qual era a razão?

Prince: Porque assim quando saíamos sem o papá ninguém nos conhecia.

Paris: Assim como nós, ele também tentava se esconder e passar despercebido mas isso realmente não funcionava com ele.

Oprah: (risos) Não deu certo… Gostavas de estar debaixo das máscaras?

Paris: Sim.

Oprah: Porque entendias que era para te proteger…

Paris: Nem sempre era confortável mas sim eu compreendia.

Oprah: Todos te viram a falar no Memorial e foi muito comovente…

Paris acena que sim.

Oprah: Diz-me qual é a tua melhor lembrança do teu pai.

Paris: Hum, é muito difícil escolher uma…

Oprah: Ok deixo-te a pensar enquanto faço a mesma pergunta ao Prince.

Prince: Nós estávamos no Bahrein e costumávamos levantar cedo para ir caminhar na praia enquanto bebíamos Coca-cola e comíamos doces.

Paris: Eu gostava muito de passar tempo a sós com ele, só eu e ele. Uma vez estávamos na nossa casa em Las Vegas e fomos para o telhado ver as luzes da cidade á noite enquanto bebíamos refrigerantes e comíamos doces.

Oprah: Que tipo de pai ele era? Severo? Ou também era do tipo que podiam ir ter com ele e falar?

Paris: Ele era severo…

Blanket: Ele era desses dois tipos (severo mas também doce).

(…)

Oprah: E quando você tinha tempo a sós com ele o que fazia mais para além de comer doces?

Paris: Ele costumava levar-me a museus porque ambos adoramos arte. Também costumávamos jogar no pátio e um dia ele comprou-me a Quénia (é o labrador de Paris).

Oprah: Quando pensas no que viveste com o teu pai qual é a tua reacção? Porque as pessoas não sabem mas era algo realmente normal para ti?

Paris: Eu sinto que ninguém entende o bom pai ele era… Posso dizer também que era um óptimo cozinheiro.

Oprah: A sério, cozinheiro?

Paris: Sim. Toda a gente fica surpresa quando digo isso…

Oprah: Eu estou surpresa!

Paris: Ele era apenas um pai normal, com a única diferença de que era o melhor pai do mundo!

Oprah: Foi por essa razão que resolvi fazer isto… Quando falas-te no Memorial deste a perceber um pouco de como ele era como pai mas queria que o mundo percebesse isso mais profundamente. Eu ainda estou surpresa por ele ter sido bom cozinheiro… O que ele costumava cozinhar?

Paris: Ele fazia o melhor pão e o melhor pequeno-almoço do mundo!

Oprah: Ele cozinhava para vocês?

Paris: Sim.

Oprah: E de que vai sentir mais falta?

Paris: De tudo…

aii meu deus que dó destes meninos! Eu me sinto feliz por ver que estão saudaveis e lindos, mas aquele coraçãozinho esta partido!

não tens noção... quando a Paris no final disse que sentia falta de tudo ficou um silêncio e os olhos dela brilharam tanto de tristeza que pensei que ela fosse chorar.

aiiiiiiii que emocionante!

Lendo a entrevista fiquei emocionada.
Imagino como estas crianças estão sofrendo.
Como Michael faz falta!