Katherine Jackson concedeu uma recente entrevista a rede americana NBC. Onde falou sobre o julgamento de 2005, os filhos do cantor e sua superação. Confira a seguir.
Você sente que era importante estar no tribunal todos os dias durante as audiências preliminares?
Sinto que tinha que estar ali. Estive com ele todos os dias durante seu último julgamento. Não me sentiria bem se não estivesse ao seu lado.
Foi difícil estar na sala com alguém acusado de ser o responsável pela morte de seu filho?
Sim, é muito difícil ouvi-lo mentir e vê-lo sabendo que ele estava ali para cuidar do meu filho que morreu sob os seus cuidados. Creio que foi muito negligente. Isso me faz sentir mal. Não suporto olhar para ele.
Você está informada e conhece as evidências que apresentaram contra Murray. Você acha que a acusação tem um fundamento sólido?
Isso mesmo. O castigo, se condenam a Murray, é, afinal, por homicídio culposo.
Creio que o máximo da pena é de quatro anos. Como se sente sobre isso?
Nada bem absolutamente. Creio que se alguém está sob os cuidados de um médico, especialmente de um médico, e morre enquanto está sendo supervisionado, acredito que quatro anos não são suficientes para alguém que perdeu a vida pelas mãos de outro. Acho que deveria pagar pela vida do meu filho. Acho que deveria pagar por isso.
Nos últimos anos você tem sido a tutora de Prince, Paris e Blanket. Eles mostram curiosidade sobre o julgamento ou estão por fora e fazem o que as crianças na sua idade fazem?
Fazem o que as crianças da mesma idade fazem. Não falo sobre isso com eles. Não quero que... são jovens. Quero que sejam felizes. Isso lhes entristeceriam.
Tem alguma novidade? Há muita curiosidade e interesses sobre Prince, Paris e Blanket. Prince tem 14, Paris 13 e Blanket 9. Como estão?
Estão bem. Blanket está agora esperando sua professora. Ele é ensinado em casa e os outros dois vão a uma escola particular.
Como é Prince? Quero dizer, um garoto de 14 anos, uma idade turbulenta.
Isso mesmo. É a idade em que começam a... odeio dizer, mas nessa idade começam a notar as garotas, ter namoradas ou coisas assim. Mas é só amor adolescente. Paris está bem e o pequeno ainda está jogando. Está bem. Todos estão.
Você disse em uma entrevista recente com a AP que havia muitas mentiras sobre seu filho e muitos mal-entendidos. Pode esclarecer alguns que queira contar para nós?
Bom, o primeiro que quero lhe dizer é que isso de que Michael abusava de menores, essa é a maior mentira já contada. Ninguém parece saber que o primeiro garoto que lhe acusou, depois da morte de Michael apareceu um artigo que ele confessava que Michael nunca lhe tocou. Foi uma grande mentira de seu pai que queria ficar rico. Ele disse, "desculpe, eu não pude dizer antes que ele morresse".
Mesmo assim, Sra. Jackson, chegaram a um acordo, a um pagamento que seu filho fez ao acusador. Se não era culpado, por que o pagou?
Seus advogados lhe disseram que só tinha que pagar por Michael estava em turnê nessa época. Pensaram que ao pagar o dinheiro e calar essa gente seria o mais correto. Mas Michael estava furioso e eu também. Enquanto me inteirava do assunto o chamei e lhe perguntei, 'porque fez isso? Assim vai parecer culpado'. Ele me respondeu, 'os advogados me disseram o que fazer. Eu tampouco queria mãe. Eu queria lutar por que não era verdade'.
O que mais causa falta sem Michael?
Sabe, eu não posso dizer o que eles mais sentem falta. Simplesmente sentem falta dele. Ponto. Eu sinto falta dele por que ele não está aqui. Sinto falta de sua voz, falta dele cantando. Às vezes, quando estávamos juntos começávamos a cantar e, eu queria lhe pedir para cantar uma canção de novo só porque eu amava a voz dele. Nenhum pai deveria perder seu filho. Supõe-se que não é assim.
Você encontrou alguma força e conforto?
Sim. Ter as crianças ao meu redor me ajudou muito. E dizem muitas vezes, 'bom, papai costumava fazer isso assim, papai isto, papai aquilo'. Isso me devolve o sorriso porque eles não o esquecem.
Agora a Sra. Jackson tem outro desafio. Está envolvida em mais de um negócio. Pode nos contar algo?
Sim. Tenho uma coleção de flores. Conheci uma pessoa que está fazendo comigo através de um amigo. As flores me encantam e ele me disse que sua família estava há anos no negócio de flores e pensei que seria uma boa ideia e uma boa coisa para fazermos juntos. E aqui estou com minha coleção de flores. Adoro as flores. As tenho por todo o meu pátio, minha casa, por toda a parte.
Muita gente estará pensando no dia das mães (...) O que pensa sobre seu papel como mãe de nove filhos, do que mais se orgulha?
O que mais me orgulho é que nunca tive que... criei meus filhos para que fosses bons e obedientes a lei. Nunca tive problema com eles. Eles criaram seus filhos da mesma forma. Tenho uma grande família agora. Estou orgulhosa de que não me deram problemas e sejam cidadãos obedientes da lei. Isso me alegra. Não tenho que me preocupar por isso.
por Bruno Fahning
Fonte: MSNBC