O promotor, David Walgren, acusou nesta sexta-feira os advogados que representam o médico pessoal de Michael Jackson de colocar uma “defesa em constante mudança”, largando a afirmação de que a estrela pop engoliu o anestésico que levou à sua morte.


Em uma audiência fechada, sem a presença do júri, David Walgren comentou sobre o anúncio esta semana que a defesa tinha descartado uma teoria que anteriormente argumentou – que Jackson tomou o anestésico propofol – porque não era apoiada pela ciência.
Os advogados que representam o Dr. Conrad Murray no julgamento do médico de homicídio involuntário continuam mantendo que foi Jackson que se deu a dose letal por injeção.
“Estamos lidando com uma defesa em constante mudança”, disse Walgren sexta-feira. “Há dois dias atrás, eles abandonaram a teoria de dose oral de propofol.”
Advogado de defesa Michael Flanagan, disse que a reivindicação do promotor não era verdade, dizendo que eles decidiram em maio que não estariam discutindo que a droga havia sido consumida por via oral.
Os comentários de Walgren aconteceram em uma audiência sobre os itens de provas e testemunhas, concluindo a terceira semana de julgamento.
Um promotor disse que deverá encerrar o seu caso na próxima semana uma vez que o seu testemunho final, o especialista em propofol, Dr. Steven Shafer, termine o seu depoimento.
A equipe de defesa de Murray disse que espera colocar cerca de 15 testemunhas, incluindo policiais, peritos e outras testemunhas.
A defesa irá incluir o perito, Dr. Paul White, que o advogado de defesa disse aos jurados antes que era considerado “o pai de propofol” por seus colegas, bem como um toxicologista.
Alguns dos pacientes de Murray de uma clínica de caridade em Houston também serão chamados, os advogados de defesa, disseram.
Também na sexta-feira, o advogado de defesa Nareg Gourjian se opôs a uma foto dos três filhos do cantor em seu funeral e imagens dos ensaios do filme “This Is It” de serem admitidos como prova, dizendo que eram prejudiciais e irrelevantes.
“Eu certamente entendo que pode haver uma, “simpatia” como fator quando há crianças envolvidas”, o juiz da Corte Superior Michael Pastor disse. Mas Pastor disse que a foto “não desperta fortes emoções” e que era relevante, pois não havia testemunho envolvendo as crianças. Ele também decidiu que os clipes do filme eram relevantes.
No início da audiência de sexta-feira, Pastor repreendeu os dois promotores no caso por terem se atrasado seis minutos, dizendo que os atrasos tinham “sido um problema recorrente.”
O juiz multou cada um deles em 60 dólares, mais US $ 10 por minuto, mas disse que vai adiar e reconsiderar a multa para um momento posterior.

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Existe a possibilidade de segunda-feira não ter audiência, pois o pai do Dr. Shafer, testemunha que estava no banco, faleceu.