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| Assunto: Festa celebra entrada de Jackson na Internet (Estadão, Julho 1995) Ter Jul 10, 2012 11:12 am | |
| Estadão, 6 de Julho de 1995
Por Juliana Resende
Jockey Club do Rio foi palco também da comemoração do sucesso do álbum HIStory
Rio - Michael Jackson foi pretexto para um baile anteontem. Os motivos da festança, que iluminou o Jockey Club do Rio com holofotes e atraiu toda a corte de Jackson no Brasil (como o cast da gravadora Sony Music), foram vários. Une a oficialização do lançamento nacional de seu novo disco HIStory: Past, Present, Future - Book I. Dois: a inauguração do Making of HIStory, um endereço fixo na internet. Três: a celebração do sucesso de vendas do álbum, que já ultrapassou 100 mil cópias no Brasil (Disco de Ouro), desde que chegou às lojas há duas semanas. Seu single duplo com as faixas Scream & Childhood (tema do filme Free Willy 2), vendeu, em 5 dias, 61 mil cópias nos Estados Unidos.
Dinheiro. Muito dinheiro. Michael Jackson tem um império e, dizem as línguas mais mercenárias, é quase dono da Sony Music. O "patrão" não economizou na comemoração brasileira. Jornalistas, radialistas e produtores de todo o Brasil foram levados para a festa num vôo fretado. A ostentação começou no avião. Todos os encostos das poltronas levavam a marca de HIStory. Michael não apareceu na festa, mas mandou (numa Limousine Lincoln, de oito metros de comprimento) um sósia. Adelmo Jackson, acompanhado de sua mulher Lisa Marie Presley para recepcionar os convivas com performances.
Na pista de dança do bar El Turfe, um megamix de hits de Jackson - recém-lançado nos EUA - embala cerca de 500 pessoas. Entre os famosos, estavam Gabriel O Pensador, Martinho da Vila e sua filha Martinália (também cantora), o grupo Cidade Negra e as atrizes Suzana Vieira e Mila Moreira.
A megalomania de Jackson entrou definitivamente na era da informática. O cantor escolheu o 1º de julho, dia da Independência dos EUA, para inaugurar seu museu na Internet. Antes de se instalar na rede (endereço: www.sony.com/Music/Michael Jackson), houve uma "contagem regressiva" desde 20 de junho, data do lançamento mundial de HIStory.
O museu tem sete "andares": quatro dedicados aos discos anteriores (Off The Wall, Thriller, Bad e Dangerous), dois para HIStory e um para sua fundação beneficente Heal The World (para doações e campanhas beneficentes). Além de apresentar making of de clipes, o próprio Jackson aparece no computador fazendo comentários exclusivos sobre sua vida e obra.
Na festa do Rio, não havia computadores conectados com a Internet, mas um programa multimídia interativo sobre Jackson, desenvolvido pela filial brasileira da gravadora. "A Sony americana adorou a idéia, que ninguém teve no Primeiro Mundo," diz Alexandre Sehiavo, gerente de marketing especial da Sony. Segundo ele, o programa deverá ser colocado em alguns BBSs (bulletim board systems) brasileiros. A possibilidade de a Sony lançar ainda este ano um enciclopédico CD-Rom sobre Michael Jackson a exemplo do que fez recentemente com Bob Dylan pode ser um fato consumado.
Postado por Bruno Pórpora
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