dany_jackson Imortal
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| Assunto: A história da pedofilia - Primeira acusação Sex Jun 04, 2010 5:37 pm | |
| O TEXTO É GRANDE, MAS VALE A PENA LER PARA ENTENDER QUE ESTE CASO NADA MAIS FOI DO QUE EXTORSÃO.
Michael Jackson e o caso de pedofilia: culpado ou inocente? por Mary Fisher; tradução da revista Exame/1995 Fonte: http://www.vooz.com.br/noticias/michael-jackson-e-o-caso-de-pedofilia-culpado-ou-inocente-8198.html
Os problemas de Jackson começaram quando sua van quebrou no Wilshire Boulevard, Los Angeles, em maio de 1992. Parado no meio da rua, estrangulado no pesado tráfego, ele foi percebido pela mulher de Mel Green, funcionário da Rent-a-Wreck, agência de guinchos localizada a 1 milha dali. Green foi socorrê-lo. Quando Dave Schwartz, dono da empresa, ouviu que Green estava trazendo Jackson para seu estabelecimento chamou sua esposa, June, e o filho do casamento anterior dela, um garoto de 12 anos. Quando Jackson chegou, June contou-lhe como seu filho havia lhe enviado um desenho quando ele sofrera queimaduras durante um comercial da Pepsi. E lhe deu seu telefone de casa. “Parecia que ela estava empurrando o garoto para cima dele”, lembra Green. “Acho que Jackson pensou que lhe devia algum favor, e foi assim que tudo começou.”
Certos fatos sobre o relacionamento entre o cantor e o menino não são controversos. Jackson passou a telefonar para ele. Ficaram amigos. Três meses depois, ele e a mãe eram convidados habituais da Terra do Nunca, o rancho do artista no condado da Santa Barbara. No ano seguinte, Jackson cobriu o garoto e sua família de atenções e presentes - relógios, brinquedos caros e viagens. Por volta de março de 1993, Jackson e o garoto estavam freqüentemente juntos e começaram as noites em que dormiam na mesma cama. June se tornou íntimo do cantor e “gostava demais dele, porque era o homem mais gentil que conhecera”, segundo um amigo.
As excentricidades do pop star eram de domínio público: todo mundo sabia de sua obsessão por refazer o rosto através de cirurgias plásticas e de sua preferência pela companhia de crianças. E, embora possa soar pouco usual que um homem de 35 anos dormisse com uma criança de 13 anos, a mãe do garoto e os amigos de Jackson nunca se preocuparam com isso. O comportamento de Jackson é bem mais compreendido uma vez posto no contexto de sua própria infância, sempre cercado de adultos, mergulhado em estúdios e sob a pressão do pai, Joe, conhecido por bater em seus filhos. “Ele nunca teve uma infância”, diz Bert Fields, ex-advogado de Jackson. “Está tendo uma agora. Seus companheiros são crianças de 12 anos. Adoram brincar de guerra de travesseiro.”
Em princípio, o envolvimento de Jackson com o garoto foi bem recebido por sua mãe, seu padastro e seu pai biológico, Evan Robert Chandler. Nascido no Bronx, em 1944, Chandler seguiu os passos do pai e dos irmãos e se tornou dentista. Mas sonhava ser escritor. No final da década de 70, na esperança de se transformar em roteirista de cinema, mudou-se para Los Angeles com a mulher, June. Mais tarde, morou em Nova York, mas não conseguiu vender um único roteiro e voltou para LA na década de 80, quando seu filho já tinha nascido e a vida conjugal andava com problemas. Divorciaram-se em 1985. A custódia da criança ficou com a mãe, e a corte estipulou que Chandler lhes pagaria uma pensão de 500 dólares ao mês. Documentos revelam, contudo, que em 93, quando o escândalo veio à tona, ele lhes devia 68.000 dólares - dívida que ela deixou de cobrar. Apesar de enfrentar problemas com o processo de uma modelo que o acusaria de negligência médica, sua carreira ia bem. Conseguiu estrear em Hollywood, co-assinando com Mel Brooks o roteiro de uma comédia sobre Hobin Hood.
Até que Jackson entrasse na vida de seu filho, Chandler não demonstrava muito interesse pelo menino. A clínica odontológica o mantinha ocupado e ele havia formado uma família com a segunda mulher, advogada de empresa, e dois filhos. Desde logo, Chandler encorajou o relacionamento do filho com Jackson e chegou a pressioná-lo para que passasse mais tempo com o menino em sua casa. De acordo com fontes, sugeriu até a Jackson que construísse mais um cômodo ali. Depois de verificar junto ao departamento de zoneamento que aquilo não poderia ser feito, simplesmente sugeriu que Jackson lhe construísse uma casa nova. Quando o cantor levou June e o menino para Mônaco, na cerimônia do World Music Awards, entretanto, Chandler passou a enciumar-se.“Ele se sentiu jogado para escanteio”, diz Michael Freeman, ex-advogado de June Chandler Schwart. Quando voltaram, Jackson e o menino fizeram a Chandler uma visita de cinco dias - o que lhe agradou - e na qual dormiram junto com o meio irmão do garoto. Embora Chandler tenha admitido que Jackson e seu filho sempre tenham dormido vestidos, foi nessa época que levantou suas suspeitas de que tivesse ocorrido alguma transgressão sexual. Em nenhum momento Chandler alegou ter flagrado qualquer abuso por parte de Jackson.
Em meados de 1993, Dave Schwartz, que até então era amistoso com Chandler, secretamente gravou uma conversa telefônica entre eles. Durante a ligação, o dentista falou da sua preocupação do filho. Quando Schwartz perguntou o que Jackson teria feito, Chandler respondeu que ele “havia desestruturado a família. [O menino] foi seduzido pelo poder e pelo dinheiro desse sujeito”. Em outro lugar da fita, Chandler revelou que estava preparado uma armação para Jackson. “Está tudo arranjado”, disse. Explicou que teria pago pessoas para dizer “certas coisas”, num “plano só meu”. E finalizou: “Se eu for adiante com isso, ganho uma bolada. June perderá [a guarda do menino] e a carreira de Michael será arruinada”. Schwartz, então, perguntou: “Em que isso ajuda o garoto?”, ao que Chandler respondeu “Não me interessa”. Em vez de ir à polícia, Chandler foi a um advogado: Barry Rothman. “Peguei o advogado mais calhorda que pude encontrar”, Chandler disse na conversação gravada por Schwartz. “Tudo o que ele quer é levar isso ao público o mais rápido que puder, e humilhar tantas pessoas quantas puder. Ele é um calhorda, é inteligente e adora publicidade.”
Dono de um escritório de advogacia em Century City, Rothman negociara contratos para conjuntos como Rolling Stones e The Who. Fez tantos inimigos na carreira que sua ex-mulher disse a seu advogado admirar-se de que não tivessem ainda “acabado com ele”. Sua ficha no final da década de 80 registrava mais de vinte processos civis e reclamações trabalhistas. Nos últimos anos, havia criado uma complexa rede de contas no exterior e empresas fantasmas para ocultar seu bens. Em 1992, O Tribunal Estadual adotou medidas disciplinares contra ele a partir de um conflito com Muriel Metcalf, a quem defendia num processo de custódia e que o acusava de incluir despesas fictícias em sua conta. Em novembro, seu escritório abriu falência com uma dívida estimada em 880 000 dólares e nenhum bem declarado.
Aliado a este homem, em junho de 1993, Evan Chandler começou a colocar seu “plano” em prática. Procurou a ex-mulher e revelou a ela suas suspeitas. “June achou que era tudo bobagem”, diz seu ex-advogado, Michael Freeman. Ela ainda comunicou que planejava tirar o garoto da escola no outono para que pudessem acompanhar Jackson na turnê mundial do show Dangerous. Segundo várias fontes, Chandler ficou furioso e ameaçou levar a público as provas que alegava ter contra o cantor. “Que pai, em sã consciência, ia querer colocar seu filho em evidência num caso como esse?”, pergunta Freeman. “O normal seria proteger a criança, e não expô-la.”
Jackson pediu ao seu advogado, na época Bert Fields, para intervir. Fields colocou em ação o investigador Anthony Pellicano. Dave Schwartz e June deram a fita para Pellicano escutar. “Depois de ouvir 10 minutos de gravação, percebi que se trava de extorsão”, diz Pellicano. No mesmo dia, procurou o filho de Chandler no condomínio de Jackson em Century City. O cantor não estava em casa. Pellicano interrogou o garoto: “Michael já tocou em você? Alguma vez você o viu nu na cama?” A resposta sempre foi não. Em 11 de julho, Chandler partiu para a etapa mais avançada do jogo. Pediu a June para ficar com o filho durante uma semana, com a promessa de Rothman de que o menino seria devolvido no prazo combinado. Não voltou.
Foi durante o período em que Chandler tomou o controle do filho, isolado da mãe, do padastro e dos amigos, que as acusações contra Jackson tomaram forma. Para basear sua denúncia, ele procurou a opinião de um especialista, Mathis Abrams, psiquiatra em Beverly Hills. Pelo telefone, apresentou a Abrams uma situação hipotética. Sem nem mesmo ter encontrado a criança ou o pai, o psiquiatra enviou como resposta uma carta de duas páginas em que afirmava “haver suspeitas razoáveis da ocorrência de abuso sexual”. Importante, ele afirmava que se aquele fosse um caso real, e não hipotético, deveria ser denunciado ao departamento de menores.
Até então, não haviam sido feitas exigências ou acusações formais contra Michael Jackson. Em 4 de agosto de 1993, no entanto, Chandler e o filho reuniram-se com Jackson e o investigador Pellicano numa suíte do hotel West-wood Marquis. Ao ver o cantor, segundo Pellicano, Chandler deu-lhe um forte abraço (gesto improvável para um pai, que estaria abraçando a pessoa que molestara seu filho), depois tirou do bolso a carta do psiquiatra e começou a ler. O garoto baixou a cabeça e olhou para Jackson com uma expressão de surpresa, como se dissesse “eu não falei isso”. No final do encontro, Chandler apontou para o cantor e o advertiu “Vou arruinar você”.
Num encontro com Pellicano no escritório de Rothman, naquela noite, Chandler faria seu pedido: 20 millhões de dólares. Em 13 de agosto, houve outro encontro no escritório de Rothman. Pellicano fez uma contra-oferta. Chandler assinaria um contrato como roteirista por 350 000 dólares. Pellicano diz que fez a oferta como meio de resolver a disputa pela custódia do garoto e dar a Chandler uma oportunidade de conviver mais com ele, fazendo-os trabalhar no roteiro juntos. Chandler recusou. Rothman fez nova demanda - um acordo por três roteiros, ou nada. Um ex-colega revelou o desapontamento de Chandler. “Quase fiz um negócio de 20 milhões”, ouviram-no dizer a Rothman.
Antes de Chandler tomar controle de seu filho, o menino nunca alegara nada contra o cantor. Isso mudou um dia, no gabinete dentário de Chandler, em Beverly Hills. Na presença de Mark Torbiner, um anestesista dentário, foi administrada ao garoto a controvertida droga conhecida como Amytal sódico - que alguns erroneamente acreditam ser um soro da verdade. Foi depois dessa sessão que o garoto fez acusações contra Jackson pela primeira vez. Um jornalista da KCBS-TV reportou em 3 de maio daquele ano que Chandler havia usado a droga no filho, mas o dentista alegou que só a utilizou para extrair um dente da criança e que durante essa operação ela teria começado a falar. Perguntado se usou a droga, Torbiner respondeu “Se eu a usei, foi para propósitos de tratamento dentário”.
Utilizado para o tratamento de amnésia, o Amytal sódico foi administrado durante a Segunda Guerra Mundial a soldados traumatizados psicologicamente. Estudos a partir de 1952 descartaram a hipótese de que a droga fosse um soro da verdade e demonstraram o seu risco: falsas memórias podem ser implantadas em pessoas sobre sua influência. “É bastante possível implantar uma idéia meramente fazendo perguntas”, diz o reconhecido psiquiatra Phillip Resnick, de Cleveland. “A idéia pode se tornar a memória, e, mesmo quando você fala a verdade para essas pessoas sob a influência do Amystal, elas continuam a jurar sobre a Bíblia que aquilo aconteceu.” John Yagiela, coordenador do departamento de anestesia da Faculdade de Odontologia da Califórnia, esclarace: “O uso do Amytal sódico para extração de dentes não faz sentido quando há alternativas mais adequadas para esse tipo de cirurgia”. Kenneth Gottlieb, psiquiatra de San Francisco, acrescenta: “Para usar uma droga desse tipo seria necessário ter ao lado um anestesista e um aparelho ressucitador para o caso de uma reação alérgica”.
Ao que parece, Chandler não se preocupou com nada disso. Confiou apenas na experiência de Torbiner (foi ele quem o apresentou a Rothman em 1991, quando o advogado precisava de um dentista). Sem possuir consultório próprio, Torbiner trabalha para outros dentistas, administrando anestesias durante as consultas. Recentemente, o Departamento de Controle de Drogas passou a investigar uma denúncia segundo a qual Torbiner atende também em domícilio administrando morfina e Demerol a pacientes com dores não necessariamente relacionada a dentes. Chegaria à casa dos clientes - alguns célebres - carregando uma maleta de pesca cheia de medicamentos e seringas.
Depois do episódio com o soro da verdade, June resolveu lutar para conseguir a guarda do filho. Como reação, Chandler levou o garoto ao consultório de Mathis Abrams - o psiquiatra responsável pela avaliação hipotética de abuso sexual. Durante uma sessão de 3 horas, o menino afirmou que Jackson havia mantido relações sexuais com ele. Falou de masturbação, beijos, carícias nos mamilos e sexo oral. Mas não mencionou que tivesse havido penetração, o que poderia ter sido comprovado através de exames médicos. Obrigado por lei a relatar a acusação às autoridades, Abrams chamou uma assistente social do departamento de menores, que, por sua vez, contatou a polícia. Cinco dias depois, Michael Jackson já era o principal assunto do noticiário. Embora o circo estivesse armado, a imprensa ignorava a proporção das acusações contra o cantor. Um funcionário do departamento de menores então tomou a iniciativa de fornecer ilegalmente uma cópia do relatório a Diane Diamond, apresentadora do programa Hard Copy. Em seguida, o documento chegou a uma agência britânica de informações, que, por sua vez, vendeu cópias ao resto da imprensa. No dia seguinte, o mundo inteiro conhecia o documento com seus detalhes mais íntimos. “Quando estavam deitados lado a lado na cama, Michael Jackson colocou a mão dentro do short do menino”, revelava uma assistente social ouvida no relatório.
Depois, começaram a aparecer as testemunhas. Primeiro, Stella e Phillipe Lemarque, ex-caseiros de Jackson, que tentaram vender suas histórias aos tablóides sensacionalistas com o auxílio do agente Paul Barresi, um ex-ator de filmes pornôs. Pediram a bagatela de meio milhão de dólares, mas acabaram vendendo a entrevista ao inglês The Globe por módicos 15 000. Os Quindoys, que também tinham trabalhado na Terra do Nunca, usaram a mesma estratégia. Quando seu preço ainda estava em 100 000 dólares, disseram que, “na verdade, a mão de Michael Jackson estava fora das calças do menino”. Assim que a quantia subiu para 500 000 dólares, a mão entrou novamente no short.
No início de novembro, dois guarda-costas do cantor deram entrevistas a Diane Diamond. No ar, ela garantiu que seus convidados não estavam recebendo nada para falar. No entanto, duas semanas depois, descobriu-se que o Hardy Copy negociava um pagamento de 100 000 dólares a cinco antigos seguranças de Jackson. Diane informou também aos telespectadores que os dois entrevistados haviam sido demitidos porque “sabiam demais sobre o relacionamento de Michael Jackson com os meninos”. Na verdade, seus depoimentos posteriores, feitos sob juramento durante a investigação policial, não confirmaram essas denúncias. Em 15 de dezembro, foi a vez de a empregada doméstica Blanca Francia comparecer ao Hardy Copy. Blanca contou que havia visto Jackson nu, tomando banho com garotos. O testemunho juramentado de Blanca, como os dos guardas, desmente essa versão. E esclarace que a empregada recebeu 200 000 dólares para ser entrevistadas no programa de televisão.
Durante todo esse período, a mãe do menino rejeitou as acusações feitas a Jackson. Mas depois de uma reunião com a polícia, em agosto de 1993, mudou de idéia. Os policiais Sicard e Rosibel Ferrufino argumentaram com ela que Jackson se encaixava perfeitamente no perfil clássico de pedófilo e que, portanto, teria motivos para molestar o garoto. O psiquiatra Ralph Underwager, que trata de pedófilos e vítimas de incesto desde 1953 em Mineapolis, discorda: “Não existe essa história de perfil clássico”. Segundo ele, Jackson foi vítima de “equívocos que acabam sendo tratados como verdades em conseqüência da histeria que existe hoje em torno do assunto”. Phillip Resnick tem a mesma opinião: “Michael Jackson era um alvo perfeito para esse tipo de denúncia: é rico, extravagante, anda com crianças e demonstra certa fragilidade”.
Nesse momento, June se uniu a Chandler, temendo que a acusassem de negligência. Na seara dos advogados, no entanto, as coisas não iam bem. Vários defensores, de lado a lado, foram demitidos, rebaixados ou afastados do caso. No final de agosto, Michael Jackson apresentou denúncias de extorsão contra Chandler e Ruthman. A polícia não as levou a sério. Ao contrário do que havia sido feito com o cantor, não foram determinadas buscas na casa ou no escritório dos acusados nem se convocou um júri para discutir o caso.
Em setembro de 1993, Larry Feldman, advogado civil e ex-chefe da Associação dos Advogados Criminalistas de Los Angeles, passou a representar o filho de Chandler. E moveu uma ação contra Michael Jackson no valor de 30 milhões de dólares. Os lobos não tardaram a aparecer. Feldman recebeu dezenas de cartas dos mais variados tipos de pessoas alegando terem sido molestadas por Jackson. Todas foram entrevistadas, mas nada se encontrou de positivo. Jackson resolveu juntar à sua equipe de defesa um famoso advogado criminalista, Howard Weitzman. A partir de então, surgiu a conversa sobre um acordo amigável entre as partes. Do lado de Jackson, optou-se por não levar o caso a julgamento. O principal motivo para isso estava na conhecida fragilidade emocional do cantor, que seria testada nos tribunais e utilizada pela imprensa. Ele participou ativamente da decisão de fazer o acordo, porque queira que tudo terminasse “o mais rápido possível”. Em 25 de janeiro de 1994, concordou em pagar ao menino uma quantia não revelada. Especula-se algo em torno de 20 milhões de dólares. Evan Chandler, enfim, acabou conseguindo o que queria. Continua com a guarda do filho e tem, portanto, acesso a todo o dinheiro que o garoto receber.
Última edição por dany_jackson em Sex Jun 04, 2010 5:40 pm, editado 1 vez(es) |
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