A promotoria no julgamento de homicídio culposo do médico de Michael Jackson deve convencer um juiz que já foi tentado de tudo para localizar uma testemunha-chave no caso.
O farmacêutico Tim Lopez testemunhou em audiência preliminar em janeiro que ele vendeu mais de 15 litros do anestésico propofol para Murray e que foi entregue para o apartamento da namorada do cardiologista três meses antes da morte de Jackson.
O legista do Los Angeles County concluiu que Jackson morreu no dia 25 de junho de 2009 como resultado de uma overdose de propofol combinado com outras drogas.
O Vice-promotor David Walgren disse ao tribunal na semana passada que acredita que Lopez, o proprietário de uma farmácia em Las Vegas, mudou-se para a Tailândia.
Se o Juiz da Corte Superior Michael Pastor concordar que o escritório da promotoria fez a sua diligência para encontrar Lopez, em seguida, os promotores poderão usar seu depoimento anterior ao julgamento, que começa com a abertura das declarações na próxima semana.
Pastor, em audiência nesta segunda-feira, também irá considerar o pedido da promotoria para excluir o testemunho da maquiadora de Jackson. A defesa quer que Karen Faye repita declarações dadas em entrevistas sobre o que ela descreveu como problemas de saúde de Jackson nas semanas antes de sua morte.
A promotoria disse ao juiz, em audiência na quinta-feira, que muito do que Faye disse no passado é baseado no que ouviu dos outros.
Outra questão a ser levantada provavelmente nesta segunda-feira é o plano da acusação para apresentar um teste feito em estudantes universitários no Chile que, voluntariamente, engoliram propofol.
A promotoria quer argumentar que os experimentos refutam a teoria da defesa de que Jackson morreu depois que ele bebeu a droga e não de uma injecção dada pelo Dr. Murray. Os promotores afirmam que Murray usou um gotejamento IV improvisado para administrar propofol para ajudar Jackson a dormir.
Se condenado sobre acusação de homicídio involuntário, Murray pode pegar até quatro anos de prisão.
Nesta sexta-feira, os advogados irão realizar um interrogatório cara-a-cara com os potenciais jurados. Serão escolhidos 18 moradores de Los Angeles para julgar o caso.
A declaração de abertura do julgamento, que será televisionado, está agendadas para o dia 27 de setembro.
Fonte: CNN.