Inex_G This is it
Mensagens : 349 Data de inscrição : 11/10/2009 Idade : 29 Localização : Lisboa
| Assunto: O rei da pop, agora visto em versão making of Qui Out 29, 2009 10:38 am | |
| Fãs portugueses mais curiosos após morte do cantor, mas poucas sessões esgotam em Lisboa. Distribuidora satisfeita com procura de bilhetes.
Nos EUA, na Ásia, em França, milhares de fãs fizeram a festa de estreia de This Is It, o filme que documenta os ensaios da digressão de Michael Jackson que nunca chegou a acontecer. Vestidos a rigor, de zombies como em Thriller ou a imitar a imagem do cantor, de óculos escuros, chapéu e luva com brilhantes. Em Lisboa, onde sábado uma flash mob dançou no Largo Camões em honra de Jackson, o cenário foi diferente. Fãs, uns mais do que outros, começaram a preencher lugares em sessões longe de esgotar para ver o filme que se perfila como o derradeiro testemunho da obra - e não tanto da vida - de Michael Jackson.
Nos cinemas ZON Lusomundo Colombo, cerca de uma dezena de espectadores escolheu a primeira sessão da capital para ver This Is It. Às 12h40, emocionaram-se, satisfizeram curiosidades. "Surpreendente", comentava Paulo Kaima, músico percussionista de 48 anos. Viu Jackson em palco em São Paulo na década de 1990 e confessa que com tantas viragens na vida do artista já duvidava das suas capacidades musicais, do canto, de tudo. Foi ver This Is It "para tirar essa dúvida, para não ficar com preconceito". Gostou de ver que Jackson "sabia falar com músicos", que era afinal o artista completo que outra espectadora emocionada, Isabel Gomes, de 49 anos, procurava naquela sessão.
"Esperei muito por este dia, fui das primeiras a comprar bilhete", explica. "Tive a sensação que viajei até onde ia dar os concertos" da mega-digressão que teria lugar este Verão. Ver o filme foi "muito emotivo" e com surpresas, sobretudo pelo "lado humilde e pelo enorme profi ssionalismo" de Jackson que viu no ecrã.
A sessão seguinte teria mais gente, mas com a sala a 20 por cento da capacidade para ver o que Ricardo Sousa, de 27 anos, considera "um making of". À entrada para essa sessão, os estudantes de mestrado de Psicologia Margarida Neves e Mauro Rodrigues explicam que a atenção que davam ao cantor se transformou num olhar sobre a pessoa. "Sempre foi uma figura muito mediática, mas desde que morreu e com o mistério [sobre as circunstâncias da morte] ganhei mais curiosidade", diz Mauro. Depois de 25 de Junho, "como houve mais informação, mesmo que não quiséssemos éramos bombardeados com notícias, suscitou mais curiosidade", corrobora Margarida, que sugere até que o lado humano, "os traumas de infância" de Jackson a intrigaram ao ponto de querer ver o filme.
Ao longo da tarde, os números foram aumentando. As sessões das 21h foram as mais concorridas em Lisboa, com duas salas no El Corte Inglés esgotadas desde o fim da tarde, quer pelos que compraram bilhetes no dia, quer por aqueles que os adquiriram em pré-venda para o filme, que só estará em exibição durante duas semanas.
20 mil bilhetes A resposta do público está a ser "muito satisfatória", disse Cátia Neves, coordenadora das relações públicas e divulgação da Columbia TriStar Warner, que distribui o filme para 73 cinemas (nove dos quais com duas cópias). "Sobretudo tendo em conta que em Portugal não há muito o hábito de comprar bilhetes em pré-venda para cinema", explica, também porque não há muitos filmes-evento como este que permitam fazê-lo. Até à hora de fecho desta edição tinham sido vendidos cerca de 20 mil bilhetes para as sessões de This Is It em todo o país, segundo a Columbia, alguns vendidos a empresas. A um preço médio de 5,5 euros por bilhete, estes primeiros números podem representar receitas de cerca de 110 mil euros.
Um grupo de fãs que acompanhava o cantor faz uma contracampanha, This Is not It, questionando o que consideram ser o oportunismo do estúdio ao fazer render a marca Jackson após a sua morte e ocultando o estado de saúde fragilizado do cantor. Para Paulo Kaima, This Is It é uma "homenagem aos fãs" e não sente falta "do lado pessoal, que daria um outro filme". Sara Lopes também não se impressiona. "Ele vai ser sempre uma máquina de fazer dinheiro", diz com um encolher de ombros.[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] |
|